Terça-feira, 07 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 21 de maio de 2016
O julgamento da morte do ex-secretário da Saúde de Porto Alegre Eliseu Santos pelo Tribunal do Júri prosseguiu na noite desta sexta-feira (20). Após mais de 22 horas, à 1h deste sábado (21), o Juiz André Vorraber Costa proferiu o veredito: pena de reclusão de 27 anos e dez meses para cada réu em regime inicial fechado por homicídio qualificado, receptação, adulteração e bando armado, além de um ano de detenção em regime aberto por fraude processual. Eliseu Gomes seguirá preso e foi decretada a prisão preventiva de Fernando Krol.
No segundo dia do julgamento, foram ouvidos Gomes e Krol, que negaram as acusações. O primeiro a falar foi Gomes. Ele apresentou a versão de que estava furtando pneus na rua em que ocorreu o crime e foi atingido no tornozelo por uma bala perdida durante o tiroteio que resultou na morte de Eliseu Santos. O réu disse que não conhecia nenhum dos denunciados e também negou que teria ateado fogo no carro usado no crime.
O acusado também negou a acusação de que teria se associado a outras pessoas para cometer esse crime. Ele está preso e já foi condenado em outros dois processos. Gomes não quis responder aos questionamentos do Ministério Público. No depoimento ao juiz, ele disse que o irmão dele trabalhou na empresa de vigilância Reação, investigada no caso por suposta corrupção na Secretaria da Saúde. “Acredito que esse processo é mais político e não posso assumir que matei, se eu não matei”, afirmou o réu.
Krol também negou a participação no assassinato de Eliseu Santos. Ele disse que estava em casa com a mãe na ocasião. Para justificar como foi baleado em uma das nádegas, Krol disse que foi atingido por um tiro durante uma briga em um bar em Sapucaia, mas não lembraria o nome de nenhum dos amigos que estavam junto para servir de testemunha. O mecânico ainda negou que conhecia o outro réu e que teria trocado as placas e colocado fogo no veículo Vectra que foi usado na fuga dos criminosos que mataram a vítima.
Eliseu Santos foi morto a tiros na noite de 26 de fevereiro de 2010, na rua Hoffmann, no bairro Floresta, em Porto Alegre.