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Geral Prefeito de Canoas diz que a cidade só deve voltar à normalidade em 60 dias

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No caso da leptospirose, a SBInfecto e outras entidades divulgaram um posicionamento no dia 5 de maio em que defendem o tratamento profilático a indivíduos de alto risco. (Foto: Reprodução)

Em entrevista coletiva na tarde dessa segunda-feira (6), o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, afirmou que a água nos bairros mais atingidos do município só deve baixar totalmente em até 60 dias. “Além da água que invadiu os bairros, há muito volume represado nos diques. O que recebemos do IPH [Instituto de Pesquisas Hidráulicas] e da Metsul é de que água só deve baixar totalmente entre 45 a 60 dias. Os locais que foram atingidos por primeiro serão os últimos a se restabelecerem”, disse.

Com os graves danos causados a toda região Oeste de Canoas, a prefeitura declarou nessa segunda-feira (6) situação de calamidade pública nível 3. O Decreto 176/24 permite, entre outras ações, o saque do FGTS pelos atingidos. A avaliação da Administração Municipal é de que mais de 50% da cidade esteja, parcial ou totalmente, submersa, com mais de 80 mil residências e 180 mil pessoas afetadas.

O prefeito Jairo Jorge atualizou nessa segunda as medidas que estão sendo adotadas em meio às fortes chuvas que devastaram Canoas e região. A catástrofe natural atinge quase dois terços da área do município, com a água alcançando toda a parte Oeste da cidade (bairros como Mathias Velho, Rio Branco, Fátima, Harmonia, São Luís e Mato Grande), da região do bairro Niterói (ao Leste) e até da rua Brasil, do Centro.

“Em boa parte dessas regiões, a água alcançou de quatro a cinco metros de profundidade. Foram cerca de 180 mil pessoas atingidas com as águas de rios, como Taquari, Delta do Jacuí, Sinos e Caí, no lado Oeste, e pelo rio Gravataí, no bairro Niterói”, explicou o prefeito.

Dois óbitos foram confirmados, oficialmente, pelo Instituto-Geral de Perícias e pela Brigada Militar em decorrência das cheias. Jairo Jorge destacou o empenho e o apoio dos diversos órgãos de segurança, como Força Aérea Brasileira (FAB), Exército, Brigada Militar (BM), Polícia Civil (PC), Corpo de Bombeiros e Força Nacional, com ações de policiamento ostensivo, preventivo e de apoio aos serviços.

O prefeito destacou as dezenas de medidas para enfrentar as adversidades causadas pelo evento climático extremo que atinge a população. São ações concretas em diferentes eixos a fim de contribuir ainda mais os esforços das equipes da Prefeitura, forças de segurança e civis voluntários.

O município tem cerca de 17 mil pessoas acolhidas em 59 espaços organizados pela Prefeitura. As estruturas oferecem café da manhã, almoço, jantar e disponibilizam água e serviços de higiene. As bases contam com um responsável da área da saúde e servidores de escolas alocados em cada um desses locais, além de agentes de força de segurança e mesmo guardas privados. Um espaço de acolhimento exclusivo para crianças sem acompanhamento está sendo disponibilizado na EMEI Vovó Babali (av. Inconfidência, 721, Centro), com funcionamento 24 horas.

A prefeitura pretende retomar as operações na estação de tratamento de água no bairro Niterói, o que deve viabilizar a volta do abastecimento de 80% da cidade. Ainda serão abertos poços artesianos e cisternas em locais estratégicos para atender população. O município contando com 38 caminhões-pipa à disposição para atendimento à comunidade. Locais como abrigos, hospitais e bairros, sem abastecimento, recebem a atenção desses veículos.

Diante os estragos causados pelas águas em equipamentos públicos, como Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), três UPAS, três farmácias populares e quatro CAPS; diversas equipes estão sendo remanejadas para reforçar o acolhimento e criar unidades volantes para atender a população. Haverá também um reforço no Hospital Universitário (HU) e no Hospital Nossa Senhora das Graças. Canoas terá três hospitais de campanha em operação, sendo que um já está em atividade, na Ulbra. As outras unidades – no HU e no Hospital Nossa Senhora das Graças – entrarão em funcionamento nos próximos dias. Medicamentos também estão sendo colocados à disposição nos quatro centros de acolhimento e assim como atendimento psicológico.

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