Sexta-feira, 01 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 2 de janeiro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Sem o apoio do Ministério da Fazenda e da Receita, que declaradamente lutam contra a aprovação no Congresso, o ex-ministro da Micro e Pequena Empresa Afif Domingos, presidente do Sebrae, faz uma ofensiva junto a partidos e líderes para destravar a tramitação do projeto marca de sua gestão. A presidente Dilma não se pronuncia, mas há desejo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em colocar em pauta. Numa aliança inédita com o PSDB, a Fazenda conseguiu brecar o pedido de urgência para plenário, solicitado pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP).
Pressão econômica
“Haverá avanços ainda no primeiro semestre de 2016”, diz Afif à Coluna, confiante de que o interesse é comum no Legislativo, pressionado por empresários de vários setores.
No front
“O ajuste fiscal não aconteceu e o projeto avançou na Câmara e Senado à revelia da Fazenda e com resistência da Receita Federal”, complementa Afif.
Governo não quer
O Super Simples aumenta o teto de tabelas de arrecadação e inclui até 140 setores da economia numa lista que vai se beneficiar com a redução de impostos.
Conselho
Afif repete um bordão para convencer o Congresso a aprovar: “Quando todos pagam menos, o Governo arrecada mais”. A Fazenda teme mais perda de receitas.
Sinopse da denúncia
Em post no Twitter, o procurador do MP no TCU, Júlio Marcelo, aponta em caixa alta: “Tem gente que me pergunta qual foi o prejuízo das ‘pedaladas’, em verdade, irregularidades graves e crimes contra as leis orçamentárias. Quem pergunta isso talvez não viva no Brasil ou não consiga conectar a má gestão fiscal com a derrocada da economia brasileira.”
Fator Delcídio
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou a mesma estratégia quando surgiram as primeiras denúncias contra ele ligadas ao esquema do Petrolão. Alegava “seletividade” das investigações e questionava por que o senador Delcídio Amaral (PT-MS) era poupado. Meses depois, Delcídio foi preso.
Política ‘judicializada’
Para a choradeira de políticos de que tudo do Congresso cai na Justiça, O ex-ministro da Justiça e ex-presidente do STF Nelson Jobim explica o motivo: “Quanto mais vocês constitucionalizarem as coisas, mais poder darão aos juízes. É isso que vocês querem?”
Emenda pior
Incompatível com o cargo de vice-governador a afirmação de que o envio de “nudes” pelo Watsapp “não é constrangedor”. A frase infeliz é de Renato Santana, número 2 do Distrito Federal. Referiu-se ao envio acidental de fotos do celular do secretário de Justiça, João Carlos Souto, para a cúpula do GDF, inclusive governador e a dama.
Dez anos atrás
“Se as leis forem justas e democráticas, não há como condenar moralmente a delação; é condenável nesse caso o silêncio”, escreveu o patrono da Lava Jato, juiz Sério Moro, há dez anos. A delação premiada é o principal eixo de êxito da megaoperação.
Ponto Final
“Vozes do além querem a instabilidade política”
Outra pérola do líder governista na Câmara, José Guimarães (PT-CE), indagado sobre o processo de impeachment da presidente Dilma.
Com Equipe DF, SP e Nordeste
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.