Quinta-feira, 07 de novembro de 2024

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Com o fiasco esperado do PT nessas eleições municipais, principalmente nas capitais, o presidente Lula da Silva terá de correr para articular com partidos do Centro seu palanque se quiser se reeleger com alguma chance. Ele já sabe disso – é notório que a vitória presidencial em 2022 foi sua, não do PT. Há uma guinada municipal forte para a Centro-direita. Caso queira chance, Lula terá de sentar à mesa com os presidentes do MDB, Progressistas, PSD e União, as legendas que mais vão eleger prefeitos. O petista só tem mais abertura de diálogo com o PSD de Gilberto Kassab. Todos os outros tendem a fechar com um candidato potencial da direita. A despeito de o União contar com três ministérios no Governo Lula III, o partido tem em seu sangue municipal o DNA do DEM. Caso se candidate, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), hoje teria mais chances de uma coalizão que Lula. Só os resultados da gestão no Estado e da economia nacional vão apontar se a disputa será polarizada entre os dois.

O Centro avança

Nas contas de um cacique partidário consultado ontem pela Coluna, os resultados das urnas de hoje vão confirmar números próximos desse cenário: MDB e PSD podem conquistar 800 prefeituras, cada; o Progressistas sai com 700; seguido do União Brasil, com 600; O PL de Jair Bolsonaro alcançará cerca de 500 municípios e o PT de Lula conseguirá administrar uns 400.

Bajulação, não!

Em parceria com o Senado, a Câmara sediará, de 6 a 8 de novembro, a 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20, a Cúpula P20. Servidores foram recrutados para dar apoio às delegações. Mas, como a Câmara propõe apenas registrar elogios àqueles que se saírem bem, pouquíssimos se apresentaram à missão. Inicialmente, as 62 vagas eram destinadas aos servidores, mas agora abriram para os comissionados.

Boiada na porta

A Caixa Econômica Federal decidiu entrar forte no financiamento do agronegócio há anos, um “pasto” dominado pelo Banco do Brasil, mas não está controlando sua boiada cadastrada. Os grandes clientes do agro – e bota bilhão de reais nisso – estão descontentes com o presidente do banco, Carlos Vieira, por demandas não atendidas. E de carona nessa estrada, a bancada na Câmara cobra a conta.

Chamuscado

A ausência do presidente Lula da Silva na reunião técnica com os Governos estaduais sobre o fogaréu no Brasil caiu na conta do chefe da Casa Civil, Rui Costa, cobrado pelos governadores – até os que não compareceram e mandaram secretários. Costa alegou compromissos anteriormente já assumidos pelo chefe, mas não colou.

Mosca azul

A mosca azul picou o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), que se declarou pré-candidato à Presidência da República. O Estado tem 2,5 milhões de eleitores, pouco peso na balança nacional. O colega de partido, Ronaldo Caiado, num Goiás com 6 milhões de eleitores, também já se lançou, mas antes dele.

@colunaesplanada

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