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Economia ANP e Anac investigam se a adulteração no combustível causou danos e corrosão nos tanques de aviões

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A Petrobras informou a decisão de interromper, preventivamente, o fornecimento de um lote de gasolina de aviação importada. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A Petrobras informou nesta segunda-feira (13) a decisão de interromper, preventivamente, o fornecimento de um lote de gasolina de aviação importada após testes realizados no Cenpes (centro de pesquisas) da empresa. A companhia identificou que este lote apresentou um teor de compostos aromáticos diferente dos lotes até então importados, embora de acordo com os requisitos de qualidade exigidos pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Na última sexta-feira (10), a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a ANP informaram a abertura de uma investigação conjunta sobre uma suspeita de adulteração de gasolina de aviação distribuída no Brasil. O combustível poderia ter causado danos e corrosões em tanques de combustível e em peças de pequenas aeronaves, além de vazamentos.

A Anac recebeu a Denúncia encaminhada pela AOPA [Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves] Brasil que diz respeito a possível contaminação da gasolina de aviação (AVGAS) distribuída no Brasil. A operação com combustível contaminado ou adulterado pode provocar a degradação acelerada de componentes do sistema de armazenamento e distribuição de combustível das aeronaves, e motores de aeronaves”, informou a Anac

Até esta segunda-feira, cerca de 67 relatos haviam sido encaminhados à Anac. Desde a última quinta-feira (9), as equipes de fiscalização da ANP passaram a verificar a qualidade do combustível comercializado nos aeroportos, inclusive no Aeroporto Campo de Marte.

Nesta segunda, a Petrobras informou que estuda a “hipótese da variação da composição química ter impactado os materiais de vedação e revestimento de tanques de combustíveis de aeronaves de pequeno porte”.

Reforçamos que ainda não há um diagnóstico completo que permita assegurar a relação de causa e efeito, o que requer um rastreamento em todo o território nacional. Mesmo assim, a companhia preventivamente decidiu interromper o fornecimento desse lote de combustível. Adicionalmente, informamos que todos os lotes importados estão dentro dos parâmetros exigidos pela ANP e que dispõe de produto importado para comercialização imediata, mantendo-se, desta forma, o fornecimento de produto ao mercado”, diz a empresa.

Ainda segundo a Petrobras, “importamos a gasolina de aviação, a partir do Golfo do México, de grandes empresas norte-americanas desde 2018, quando a unidade que produzia o combustível, na Refinaria Presidente Bernardes – Cubatão (RPBC), foi paralisada. A reforma da planta produtora sofreu atraso devido à interrupção das obras causada pela pandemia de Covid-19, mas a previsão é que a produção seja reiniciada em outubro de 2020”.

A Anac informou nesta segunda-feira que “aguarda os resultados da investigação da ANP e as ações das distribuidoras de combustível para identificação de causas e extensão da possível contaminação de alguns lotes de gasolina de aviação. Na última semana, técnicos da Anac acompanharam a ANP nas coletas de amostras feitas em alguns aeroportos e a Anac vem monitorando a pronta avaliação da situação pelas entidades do setor de combustível. Cabe ressaltar que a AVGAS só é utilizada em aeronaves da aviação geral de menor porte (mono ou bimotor), não afetando as aeronaves de maior porte que atendem voos regulares de passageiros. Atualmente, são cerca de 12 mil aeronaves com esse tipo de abastecimento”.

Com as informações recebidas da comunidade aeronáutica, e após os resultados da avaliação que vem sendo feita pela ANP, a ANAC poderá recorrer a novas medidas cautelares e emergenciais, sempre em prol da segurança do setor. Neste momento, é necessária extrema cautela de cada operador e a Agência está mobilizada em torno da questão para apoiar os operadores de aeronaves e aeroportos”, diz a Anac.

A agência recomenda que “que operadores aeroportuários entrem em contato com seus fornecedores de AVGAS para mais informações e identificação do lote suspeito e, em caso de identificação positiva, suspendam imediatamente o uso. Aos proprietários e operadores de aeronaves, a recomendação é para que façam antes de cada voo uma inspeção visual dos componentes e, caso identifiquem quaisquer indícios de corrosão ou ressecamento de componentes, não voem com aquela aeronave, relatem imediatamente à Agência e procurem uma organização de manutenção de produto aeronáutico para que sejam tomadas as medidas preventivas ou corretivas adequadas”. As informações são da Anac, da ANP e da Petrobras.

 

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