Terça-feira, 21 de maio de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

| Após ter eletrodos implantados em seu cérebro, tetraplégico consegue comandar um braço robótico

Compartilhe esta notícia:

Depois de mais de uma década, Erik Sorto, 32 anos, pode tomar uma cerveja sem a ajuda de ninguém. (Crédito: Reprodução)

Depois de mais de uma década, finalmente o americano Erik Sorto, 32 anos, pode tomar uma cerveja sem ajuda de ninguém. Ele era membro de uma gangue em Los Angeles (Califórnia, nos EUA), e um tiro o deixou tetraplégico aos 21 anos, após uma emboscada em que morreu um amigo seu. Durante os últimos meses, ele foi voluntário de um projeto de pesquisa que utilizou chips implantados no cérebro com a finalidade de controlar os movimentos de um braço robótico. Os resultados são promissores. “Foi fantástico. Eu estava esperando há 13 anos para poder tomar uma cerveja sem ajuda. Não sei se as pessoas conseguem entender o que isso significa. Eu sempre tinha que ficar pedindo para os outros”, descreveu ele.

A pesquisa, publicada na revista científica Science, teve a participação de institutos de pesquisa da Califórnia e do centro nacional de reabilitação Racho Los Amigos, todos nos EUA. Sorto já conseguiu, por exemplo, jogar jankenpon (pedra, papel e tesoura), realizar apertos de mão e manusear um liquidificador. Apesar de parecerem simples, essas tarefas exigem diversos movimentos combinados, com a contração e relaxamentos de vários músculos para serem executadas.

O problema, segundo os cientistas, é que, em geral, as pesquisas focam em uma área do cérebro chamada de córtex motor primário, responsável pela execução dos movimentos. O movimento realizado por meio do implante de um chip nessa região é “engasgado”, brusco e difícil. É como se, para tomar um copo d’água, tivéssemos que pensar em como mexer o ombro, o braço, a mão e os dedos – tudo ao mesmo tempo. Nesse caso, quando se concentra em mexer os dedos, o movimento do ombro para ou retrocede, por exemplo. Daí a dificuldade para se cumprir uma tarefa que normalmente seria simples.

A proposta dos cientistas foi a de explorar uma outra área do cérebro, o córtex parietal posterior, geralmente relacionada ao planejamento do movimento, e não à sua execução.
Por exemplo, quando Sorto pensa “quero um copo d‘água”, seu cérebro organiza as ações (e disparos elétricos de neurônios) que realizariam o movimento. O computador processa essa intenção e comanda o braço robótico para executar a ação.

“Foi uma grande surpresa que o paciente tenha conseguido controlar o braço robótico no primeiro dia em que ele tentou”, aponta Richard Andersen, pesquisador do Instituto de Tecnologia da Califórnia que coordenou o trabalho. “É impressionante porque ele não pode se mover, mas sempre conseguiu imaginar-se movendo. Então pudemos no basear nessa imaginação.” (Folhapress)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de |

Dez dicas para aumentar a duração da bateria do celular
Galáxia mais luminosa do Universo é descoberta pela Nasa
https://www.osul.com.br/apos-ter-eletrodos-implantados-em-seu-cerebro-tetraplegico-consegue-comandar-um-braco-robotico/ Após ter eletrodos implantados em seu cérebro, tetraplégico consegue comandar um braço robótico 2015-05-24
Deixe seu comentário
Pode te interessar