Domingo, 28 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
18°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Argentina eleva taxa de juros para 69,5% ao ano

Compartilhe esta notícia:

Cerca de 37% dos argentinos vivem na pobreza atualmente. (Foto: Reprodução)

O Banco Central da República Argentina (BCRA) elevou sua taxa básica de juros em 9,50 pontos. A taxa de referência Leliq para o prazo de 28 dias passou de 60% para 69,5% ao ano. O BC argentino tem aumentado os juros na tentativa de controlar a inflação e estabilizar o mercado de câmbio.

No comunicado, o BC diz que continuará a calibrar a taxa de juros no âmbito do processo de normalização em andamento, com “especial atenção” para como evolui o nível geral dos preços e a dinâmica no mercado cambial.

O BCRA comenta também que a taxa da Leliq para 180 dias foi fixada abaixo daquela para 28 dias, o que significa que ele espera “uma desaceleração do processo inflacionário”.

Segundo o BC, após dois meses em que a inflação mostrou tendência de baixa, os preços aceleraram em julho, num contexto de maior volatilidade financeira em nível local. Isso afetou de modo negativo as expectativas de inflação, o que levou o BCRA a decidir subir os juros nesta quinta-feira, diz o comunicado.

Argentina está enfrentando uma das maiores taxas de inflação do mundo. O governo recentemente mudou seu ministro da Economia – o terceiro em um mês – em uma tentativa de combater a inflação e uma moeda enfraquecida que os economistas dizem ser impulsionada pelos altos gastos públicos e impressão de dinheiro.

Inflação

Em julho, mês em que a Argentina teve dois ministros da Economia, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do país superou até mesmo o da Venezuela de Nicolás Maduro.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (INDEC), em julho o IPC teve variação positiva de 7,4%, a mais alta para o mês desde abril de 2002 . Até agora, o índice mais alto de 2022 tinha sido 6,7%, em março.

No acumulado do ano, a inflação chega a 46,2% e, nos últimos 12 meses o avanço foi de 71%. Os números dão contornos dramáticos à crise econômica que obrigou o presidente Alberto Fernández a nomear Sergio Massa como superministro. Em junho, a inflação argentina já tinha chamado a atenção como a maior em 30 anos.

Os números, segundo informação de consultoria independente do Observatório Venezuelano de Finanças (OVF), superam os da Venezuela no mesmo mês, que chegou a 5,3%.

A situação da Argentina é extremamente delicada e economistas locais já estimam que o país poderia terminar o ano com uma taxa de inflação de três dígitos. Em junho passado, a inflação aumentou 5,3% e o acumulado dos 12 meses — entre junho de 2021 e o mesmo mês deste ano — foi de 64%.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

FBI levou 11 conjuntos de materiais confidenciais da casa de Donald Trump
Escritor Salman Rushdie é extubado e apresenta melhoras
https://www.osul.com.br/argentina-eleva-taxa-de-juros-para-695-ao-ano/ Argentina eleva taxa de juros para 69,5% ao ano 2022-08-13
Deixe seu comentário
Pode te interessar