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Mundo Argentina, Peru e Colômbia dizem que não vão reconhecer resultado da Venezuela. Número de mortes sobe para cinco

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Eleitora deposita seu voto em uma urna na Venezuela. (Foto: Reuters)

Os governos da Argentina e do Peru anunciaram neste domingo (30) que não irão reconhecer os resultados da eleição para a Assembleia Constituinte da Venezuela. Na sexta-feira, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, já havia anunciado que seu país também não reconheceria os resultados, com a justificativa de que o processo tinha “origem ilegítima”.

Os Estados Unidos se manifestaram através de sua embaixadora na ONU, Nikki Haley, que em uma mensagem no Twitter disse que “a farsa de eleição de Maduro é outro passo em direção à ditadura. Não aceitaremos um governo ilegítimo. O povo venezuelano e a democracia prevalecerão”.

Tanto as autoridades argentinas quanto as peruanas afirmam que a votação desrespeita a Constituição e a vontade do povo venezuelano, que em um plebiscito informal, em 16 de julho, votou em sua maioria contra a convocação da Assembleia Constituinte. Ambos os países também pedem a instauração de um diálogo democrático na Venezuela.

A Argentina diz que o processo é ilegal e o Peru usa o termo ilegítimo.

“O governo argentino lamenta que o governo venezuelano, ignorando os chamados da comunidade internacional, incluindo dos países do Mercosul, tenha prosseguido com a eleição de uma assembleia constituinte que não cumpre com os requisitos impostos pela Constituição desse país”, diz o documento argentino.

“A eleição de hoje não respeita a vontade de mais de sete milhões de cidadãos venezuelanos que se pronunciaram contra sua realização. A Argentina não reconhecerá os resultados desta eleição ilegal”, prossegue.

A nota peruana diz o seguinte:

“O governo do Peru não reconhece os resultados da eleição ilegítima realizada hoje para formar uma Assembleia Nacional Constituinte na Venezuela. Esta eleição viola normas da Constituição venezuelana e contaria a vontade soberana do povo, representado na Assembleia Nacional. Também fere o princípio de universalidade do voto e aprofunda a ruptura da nação venezuelana, rompendo a ordem democrática desse país.

O governo do Peru condena a repressão violenta que até o momento já causou mais de uma centena de mortes e exalta o governo venezuelano a garantir a pronta instalação de um autêntico dialogo nacional que permita restaurar a ordem democrática”.

Colômbia

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou que a Constituinte tem “origem ilegítima” e, por esse motivo, ela não será reconhecida por seu país. Ele também disse que continuará buscando uma solução pacífica para a Venezuela após cerca de quatro meses de tensão política e protestos que deixaram mais de uma centena de pessoas mortas, afirmou.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, é conhecido por disparar provocações contra Santos, afirmando que ele é “escravo das normas internacionais do imperialismo”.

Mortes

Um homem de 43 anos morreu neste domingo baleado na cabeça em uma manifestação no estado de Lara, o que eleva para cinco o número de mortos durante os protestos contra a votação da Assembleia Nacional Constituinte na Venezuela.

O Ministério Público (MP) informou via Twitter a morte de Luis Zambrano, que “recebeu um disparo na cabeça durante uma manifestação na rua 54 com Pedro León Torres, de Barquisimeto” e adiantou que já iniciou a investigação do incidente.

A Venezuela realiza neste domingo as eleições da Constituinte, um processo do qual só participa parte do chavismo e que tem a rejeição da oposição, da Igreja Católica e vários países do mundo.

Em paralelo, a oposição se manifesta nas ruas contra a votação, que qualifica de fraudulenta, o que gerou enfrentamentos entre os manifestantes e as forças de ordem pública.

No total, segundo números da Procuradoria venezuelana, 114 pessoas morreram desde o início da onda de protestos no país, em abril. (AG/ABr)

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https://www.osul.com.br/argentina-peru-e-colombia-dizem-que-nao-vao-reconhecer-resultado-da-venezuela/ Argentina, Peru e Colômbia dizem que não vão reconhecer resultado da Venezuela. Número de mortes sobe para cinco 2017-07-30
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