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Mundo Argentina: presidente Javier Milei ataca cantora e entra em nova polêmica

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Entenda os ataques do presidente argentino à cantora pop Lali Espósito. (Foto: Reprodução)

O presidente da Argentina, Javier Milei, lidera um ataque coordenado na televisão, no rádio e na Internet contra a diva pop Mariana Lali Espósito. Assim como o americano Donald Trump com Taylor Swift, Milei escolheu a popular cantora argentina como seu alvo no campo artístico. Lali não é a única estrela do país que se posicionou contra Milei, nem a mais crítica dele, mas personifica tudo o que o presidente detesta: é progressista, feminista, defensora do aborto legal e dos direitos das minorias sexuais.

A partir de um canal de televisão, o presidente criticou o fato da cantora receber recursos públicos para seus programas, e a apelidou de “Lali Depósito”, nome rapidamente replicado pelo exército de seguidores mileístas nas redes. Nos últimos dias, Milei aumentou o tom: chamou-a de “parasita”, acusou-a de reproduzir e retuitou (e depois apagou) memes feitos com inteligência artificial, em que Lali aparece com uma sacola cheia de dólares fugindo de crianças famintas.

“Quem começou isso? EU? Ela começou. Se você gosta de pêssegos, ignore os pelos”, declarou o presidente à Rádio La Red. “Se você quer atacar tem que estar limpo, se você é um parasita que viveu chupando o peito do Estado, e se suas opiniões estão de acordo com um espaço político que te paga pelas suas apresentações, você é um mecanismo de propaganda, você não é um artista”, atacou Milei na entrevista à rádio.

O presidente refere-se à postura política anti-Milei mantida por Lali desde que o economista ultraliberal foi o mais votado nas eleições primárias de agosto passado. “Que perigoso. “Que triste”, escreveu a cantora quando os resultados das eleições foram conhecidos. Essas quatro palavras desencadearam um terremoto de raiva libertária em suas redes sociais, com respostas sempre que Lali se expressava politicamente.

O dardo mais recorrente é acusá-la de arrecadar fundos estatais para shows realizados em cidades de todo o país, prática comum não só na Argentina, mas em todo o mundo. Os governos locais, provinciais e nacionais geralmente financiam espetáculos oferecidos gratuitamente em espaços públicos.

Nas redes sociais, os apoiantes de Lali apontaram que a namorada de Milei, Fátima Florez, também recebeu fundos estatais para as suas atuações em festivais públicos. Em um post no Twitter, é possível ver Florez no festival de poncho na província de Catamarca e anúncios de apresentações em Tucumán, Neuquén e Córdoba, entre outros.

Neste fim de semana, Lali apareceu como um furacão no palco do Cosquín Rock. Foi sua primeira apresentação neste icônico festival de verão argentino, e ao interpretar o hit Who Are, fez uma pequena mudança na letra para zombar dos ataques recebidos do partido governista: “Que si fumo, que si vivo, que si dice / que si beba, que se eu viver do Estado – em vez de ‘que se já beijei tantos’.

Pouco depois, apelou ao seu público para evitar que tirem “a união que a música, a arte e a cultura geram” e dedicou a sua canção KO aos “mentirosos, aos idiotas, às pessoas más, aos que não valorizam, aos que não valorizam”.

No mesmo festival, outro artista, Dillom, entoou com raiva “Têm que matar Caputo na praça”, em referência ao Ministro da Economia, Luis Caputo. A frase lhe rendeu uma queixa judicial por incitação à violência e ameaça agravada, mas nenhuma palavra de Milei, ofuscada por Lali.

Lali começou na televisão quando tinha apenas 10 anos. Aos 32 anos, ela é uma das cantoras de maior sucesso da Argentina, mas cresceu no humilde sul de Buenos Aires. Foi aos castings de ônibus, sem agência ou representante, até fazer sucesso em novelas adolescentes de Cris Morena, como Floricienta e Teen Angels e a partir daí saltou para a música pop.

Num longo texto que publicou esta quinta-feira, disse: “Sinto que a assimetria de poder entre você e aqueles que você ataca por pensar de forma diferente e por informações falsas torna seu discurso injusto e violento”.

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