Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de novembro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Dentro de duas semanas, a Câmara dos Deputados votará o projeto que criminaliza o caixa 2 em campanhas eleitorais. Aparentemente, uma boa causa se já não existissem duas leis com o mesmo objetivo. Por trás do novo texto há uma possibilidade: os advogados argumentarem que os políticos que já estão ou serão em breve processados praticaram algo que não era ainda ilegal no momento do crime.
LIBERAÇÃO GERAL
Se o projeto sobre o caixa 2 for aprovado, os réus da Lava Jato e outros delatados por empreiteiras serão anistiados. O silêncio da maioria dos parlamentares decorre do benefício que trará a quase todos os partidos. Portanto, a pilantragem é de interesse comum. Suas Excelências acreditam que vivem no Reino da População Ingênua.
QUER DETALHES
O governo do Rio de Janeiro, que está no fundo do poço, recebe hoje pedido de informações de assessores do Palácio Piratini sobre o pacotão de medidas ultra amargas: aumento da contribuição previdenciária de servidores públicos aposentados, redução drástica dos programas sociais, suspensão de reajustes salariais e elevação de impostos. O conjunto lembra a Grécia de 2010.
DEFINIU
Economistas comentavam ontem na cafeteria de um shopping de Porto Alegre sobre o governo do Rio de Janeiro, que chegará a dezembro com déficit de 17 bilhões de reais: “Fonte de onde só se retira um dia seca.”
MUITO ESTRANHO
Persiste o silêncio dos políticos diante do resultado: o não-voto superou os prefeitos eleitos em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Aracaju. Não terão percebido nada? Juntas, essas cidades concentram mais de 10 por cento do eleitorado brasileiro.
NÃO É CASO ÚNICO
Em outubro, também houve pequena participação da população da Colômbia no referendo que definiria o fim do conflito entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Apenas um terço foi às urnas. Em junho, outra tímida participação: a de eleitores do Reino Unido sobre a saída da União Europeia.
LARGAM NA FRENTE
A Gazeta do Povo, de Curitiba, encomendou pesquisa sobre as preferências dos eleitores para o governo do Estado. Resultado inusitado: os irmãos Álvaro (PV) e Osmar Dias (PDT) lideram com folga todos os cenários. Estão ainda na corrida Ratinho Jr. (PSD), a vice-governadora Cida Borghetti (PP) e Roberto Requião (PMDB).
OUTROS TEMPOS
A 6 de novembro de 2006, o presidente Lula anunciou que o PMDB, detentor de três ministérios, teria o número ampliado. Admitiu também que o PT perderia espaços na nova gestão. Ao formar o governo, em 2002, Lula vetou a participação dos peemedebistas.
RÁPIDAS
* A política é imitada: no Enem, a abstenção foi de 30 por cento e a Polícia Federal prendeu fraudadores de provas.
* Lugar de protesto de estudantes é nas ruas. As escolas devem ficar livres para os que querem aulas.
* O PMN elegeu Rafael Greca prefeito de Curitiba, mas não tem parlamentares na Câmara dos Deputados e Senado.
* Depois de cada eleição, ressurgem as incríveis figuras dos oposicionistas aliados.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.