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Brasil As mulheres brasileiras ganham menos do que os homens e gastam mais tempo com os cuidados da casa e dos familiares, aponta o IBGE

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As estimativas apontam que 92,1% das mulheres e 78,6% dos homens realizaram alguma atividade doméstica ao longo do ano passado. (Foto: Reprodução)

As mulheres brasileiras ainda ganham menos do que os homens e consomem mais tempo do que eles com os cuidados da casa e de familiares, segundo uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta quarta-feira (07). Elas dedicaram 73% a mais de horas a cuidados de pessoas ou afazeres domésticos do que os homens em 2016. Foram 18,1 horas semanais para as mulheres e 10,5 horas para os homens.

Os dados do IBGE, com base na pesquisa nacional Pnad Contínua, mostram que a desigualdade no gasto de tempo para tais atividades é maior no Nordeste, onde a dedicação das mulheres é 80% superior à dos homens, chegando a 19 horas semanais. A comparação também se agrava no recorte por raça e idade. São 18,6 horas semanais dedicadas por mulheres pretas ou pardas em 2016. Entre as brasileiras acima de 50 anos, a dedicação supera as 19,2 horas.

Jornada flexível 

Com mais tempo investido nos cuidados da casa e de familiares, é comum buscar jornadas de trabalho mais flexíveis. “Mulheres que necessitam conciliar trabalho remunerado com afazeres domésticos e cuidados, em muitos casos, acabam por trabalhar em ocupações com carga horária reduzida”, diz o IBGE.

A proporção das que trabalham em período parcial, de até 30 horas, é de 28,2%. Já no grupo dos homens, esse percentual ficou em 14,1% em 2016. As desigualdades se acentuam por região: entre as mulheres no Norte e no Nordeste, o percentual beira os 37%. No recorte por raça, a presença do trabalho por tempo parcial também apresenta maior disparidade (31,3% entre pretas ou pardas e 25% entre as brancas).

Rendimentos 

Em relação aos rendimentos médios do trabalho, as mulheres seguem recebendo cerca de 3/4 do que os homens recebem. Contribui para isso a própria natureza dos postos de trabalho ocupados pelas mulheres, em que se destaca a maior proporção dedicada ao trabalho em tempo parcial, afirma o IBGE.

A despeito da persistente desigualdade no mercado de trabalho, nos últimos 30 anos o nível de escolaridade das mulheres cresceu em relação ao dos homens. Na faixa etária de 15 a 17 anos, a frequência à escola ficou em patamar muito próximo para ambos (87,1% para mulheres e 87,4% para homens). Já na faixa entre 18 e 24 anos, a frequência delas é superior (34,1%) à dos homens (31,6%).

Na população de 25 anos ou mais com ensino superior completo, os homens aparecem com 13,5%, abaixo das estatísticas femininas, que apontam (16,9%).

Mortes

Doze mulheres são assassinadas todos os dias, em média, no Brasil. É o que mostra um levantamento feito considerando os dados oficiais dos Estados relativos a 2017. São 4.473 homicídios dolosos, sendo 946 feminicídios, ou seja, casos de mulheres mortas em crimes de ódio motivados pela condição de gênero.

Trata-se de um aumento de 6,5% em relação a 2016, quando foram registrados 4.201 homicídios (sendo 812 feminicídios). Isso sem contar o fato de alguns Estados ainda não terem fechado os dados do ano passado, o que pode aumentar ainda mais a estatística.

Para Samira Bueno e Juliana Martins, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o levantamento mostra que não há o que comemorar no Dia Internacional da Mulher, nesta quinta-feira (08). “Uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil, taxa de 4,3 mortes para cada grupo de 100 mil pessoas do sexo feminino. Se considerarmos o último relatório da Organização Mundial da Saúde, o Brasil ocuparia a sétima posição entre as nações mais violentas para as mulheres de um total de 83 países.”

tags: Brasil

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