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Mundo Ataque do Irã a Israel pode elevar preços de dólar e petróleo e reduzir espaço para corte de juro

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O petróleo subiu 1% na última sexta-feira e se aproximou de uma máxima em seis meses. (Foto: Reprodução)

O ataque do Irã com mais de 300 mísseis e drones ao território de Israel e o aumento da tensão no Oriente Médio pode pressionar o preço do barril petróleo no mercado internacional e impactar os valores dos combustíveis no Brasil, como óleo diesel e gasolina.

Na avaliação do economista André Perfeito, o conflito deve provocar, no curto prazo, uma valorização do dólar, tendo como consequências um espaço menor para cortes de juros tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

O Irã realizou uma ofensiva com drones e mísseis contra Israel na noite desse sábado (13), em retaliação pelo ataque aéreo que destruiu o consulado iraniano em Damasco, no começo do mês. A investida matou integrantes da Guarda Revolucionária iraniana, incluindo um general.

Segundo Perfeito, havia a perspectiva de um inevitável ataque iraniano a Israel, “mas o mercado não reagiu de acordo” ao longo da semana. “Me parece relativamente claro que o conflito irá se espalhar na região”, opinou o economista.

O petróleo subiu 1% na última sexta-feira (12) e se aproximou de uma máxima em seis meses com a iminência de uma resposta do Irã ao ataque de Israel à embaixada do Irã em Damasco. No ano, o preço da commodity já subiu 17%, passando de US$ 77 para os atuais US$ 90, segundo dados da Bloomberg. O Irã é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, com mais de 4,3 milhões de barris de óleo extraídos por dia.

Caso haja de fato uma escalada do conflito, Perfeito elenca como efeitos de curto prazo: uma forte alta do petróleo na próxima semana; com a valorização de commodities, os Estados Unidos não cortariam os juros como o mercado esperava; os juros mais elevados nos Estados Unidos impõem um dólar mais forte ante as demais moedas no mundo; diante da valorização do dólar no curto prazo e a manutenção dos juros norte-americanos, o Banco Central brasileiro “perde graus de liberdade para cortar a Selic”; por outro lado, empresas ligadas a commodities “podem se beneficiar”.

“Isto é que podemos pensar num primeiro momento e temos que avaliar o conjunto dos desdobramentos ao longo da semana”, alertou Perfeito.

Perspectiva

O economista chama o momento atual de “caótico”, porém, ainda não destrutivo para o Brasil, no médio prazo, porque o País é exportador líquido de petróleo. Além disso, as commodities tendem a se apreciar em tempos de guerra.

“O Brasil está simplesmente longe demais deste conflito, tanto geograficamente quanto politicamente”, acrescentou Perfeito. “O Brasil pode se beneficiar no médio prazo e digo isso para evitar uma posição vendida acima do desejado em ativos locais.”

Segundo ele, não é possível projetar, ainda, a entrada de outros países no conflito, mas o cenário caminha para um “acerto de contas” global.

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