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Variedades Baseada em livro de Stephen King, a série The Stand mostra poder do autoritarismo em mundo devastado por vírus

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Em 'The Stand', Whoopi Goldberg é a Mãe Abigail, mulher de 108 anos que tenta reconstruir a humanidade. (Foto: Divulgação/ Starzplay)

Quando o terror provocado pela pandemia da Covid-19 começou a se espalhar pelo planeta, em março, o próprio Stephen King tentou tranquilizar seus fãs através de uma postagem no Twitter em que dizia: “Não, o coronavírus não é como ‘The Stand’”. Era uma referência ao seu livro de 1978, publicado no Brasil com o título “A dança da morte”, cujo cenário é um mundo arrasado por um vírus gripal que mata 7 bilhões de pessoas. No domingo (3), uma nova versão audiovisual da obra chegou ao catálogo da Starzplay.

Produzida pela CBS All Access, a série “The stand” parte da mesma premissa que o livro de mais de 800 páginas, que vendeu 4,5 milhões de exemplares no mundo todo e virou uma minissérie, desenvolvida pela ABC, em 1994. Um erro de computação libera na atmosfera um vírus extremamente contagioso, que vinha sendo desenvolvido em um laboratório secreto pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos com o objetivo de torná-lo uma arma biológica. Batizada de “Capitão viajante”, a peste rapidamente dizima 99% da humanidade e desperta nos sobreviventes o melhor e o pior que eles podem ser.

Em meio à destruição da sociedade como a conhecemos, os poucos que restaram passam a ter sonhos com duas figuras emblemáticas: Mãe Abigail (interpretada no seriado pela mestre Whoopi Goldberg, de “Mudança de hábito”) e Randall Flagg, o “Homem de preto” (Alexander Skarsgard, de “Big little lies”). Ela é uma mulher de 108 anos que acredita ter sido escolhida por Deus para reconstruir a humanidade e lidera uma comunidade no interior dos Estados Unidos. Ele, por sua vez, é um homem maligno e ambicioso, dono de poderes inexplicáveis (como levitar), que lidera um grupo rival sediado em Las Vegas.

A partir dos sonhos, personagens como Stu Redman (James Marsden, de “X-men”), o único que sobreviveu após ter contato direto com o paciente zero do “Capitão viajante”, saem à procura dos outros sobreviventes – e se aliam a uma das duas comunidades. Para Benjamin Cavell (“Seal team”), produtor-executivo da série, a luta entre o bem e o mal narrada nos nove episódios de “The Stand” serve também como um alerta para o perigo do avanço de líderes autoritários, que fazem uso da lábia e de discursos fáceis para conquistar o apoio cego de grupos massivos.

Mudanças na história

Originalmente, a história de “The Stand” se passa na década de 1980. Na nova versão, a narrativa foi trazida para os dias atuais (embora não haja referências à pandemia do coronavírus, considerando que a produção foi finalizada poucas semanas antes do isolamento social). A série também ganhou um desfecho inédito, escrito pelo próprio Stephen King.

“Sempre soube que havia alguma coisa a mais a dizer naquele livro, uma cena a mais que eu queria escrever, e por fim o fiz. Estou satisfeito com isso”, disse o autor de “It, a Coisa”, em entrevista ao New York Times.

Não é a primeira vez que King participa da adaptação audiovisual de uma obra sua. Na verdade, foi ele o responsável por adaptar “A dança da morte” para a minissérie de 1994. Ao New York Times, o escritor elogiou as novidades introduzidas na nova versão da história, especialmente a diversidade do elenco: “O romance era branco demais. A minissérie era branca demais”, reconheceu. “Na nova versão, eles foram multiculturais, o que faz perfeito sentido. Vi algumas versões prévias, e não posso dar uma opinião ainda, a não ser dizer que foi interessante ver algumas das mudanças que eles fizeram.”

Associadas ao suspense sobrenatural característico das obras de King, as similaridades do cenário pandêmico em “The stand” e no mundo real (que assiste ao surgimento de novas variantes do coronavírus e à aplicação das primeiras vacinas em diversos países) podem até ser gatilhos para alguns espectadores. Mas Cavell ressalta que a série é uma narrativa de esperança. Para o produtor, a expectativa é de que a ficção possa despertar reflexões sobre a construção de um novo mundo.

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