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Por Redação O Sul | 8 de julho de 2015
O tribunal de Nápoles, sul da Itália, condenou nesta quarta-feira (8) a três anos de prisão o ex-chefe de Estado Silvio Berlusconi por subornar um senador em 2006, quando exercia o mesmo cargo. No entanto, a pena não será aplicada já que o delito em questão será prescrito no próximo outono no Hemisfério Norte, muito antes de um eventual julgamento de apelação, segundo informa a agência France Presse.
Na Itália, as sentenças são cumpridas apenas depois de dois níveis de apelações, que podem levar anos, sejam ouvidas, informa a Associated Press. A condenação foi pronunciada pela presidente do tribunal, Isabella Romani, na ausência de Berlusconi.
O ex-magnata das comunicações foi processado pelo pagamento, em 2006, de 3 milhões de euros ao senador Sergio De Gregorio para que passasse do partido Itália dos Valores (IDV) ao Povo da Liberdade, o grupo do “Il Cavaliere”. Desta maneira se acelerava a queda do governo de centro-esquerda liderado na época por Romano Prodi, depois de vencer as eleições legislativas de 2006.
Segundo a EFE, o tribunal napolitano também condenou à mesma pena o ex-diretor do jornal “L’Avanti” Valter Lavitola, acusado de mediar o suborno.
Abuso de poder e prostituição
Em março, a Suprema Corte italiana abolveu Berlusconi das acusações de prostituição de menores e abuso de poder no chamado caso “Rubygate”. Em 2013, ele foi sentenciado em primeira instância a sete anos de prisão por ter pago Ruby, que era menor de idade na época, por uma dezena de serviços sexuais, entre fevereiro e maio de 2010.
Na mesma ocasião foi condenado por abuso de poder por ter pressionado, como chefe de governo, o comandante da polícia de Milão a liberar Ruby, que havia sido detida por roubo. Mas um tribunal de apelação o absolveu em julho de 2014 das acusações, e em março deste ano a Suprema Corte confirmou sua absolvição. (AG)