Sexta-feira, 20 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 14 de abril de 2022
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na quinta-feira (14) que o governo norte-americano irá decidir em breve se envia uma autoridade sênior até Kiev como demonstração de apoio à Ucrânia. “Estamos tomando essa decisão agora”, disse Biden a jornalistas, enquanto se preparava para uma viagem à Carolina do Norte.
Uma fonte familiarizada com a situação disse na quarta-feira que é possível que o secretário de Defesa, Lloyd Austin, ou o secretário de Estado, Antony Blinken, fossem os escolhidos para ir, mas que nem Biden ou a vice Kamala Harris têm probabilidade de ir.
Autoridades norte-americanas começaram a discutir o envio de uma autoridade importante, depois da visita bem-sucedida do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a Kiev na semana passada para conversar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenkskiy.
“Se e quando isso acontecer, vamos querer que seja de maneira muito segura”, disse o conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, em uma entrevista nesta quinta-feira no Clube Econômico de Washington.
Ajuda
Os Estados Unidos e União Europeia prometeram na quarta-feira uma ajuda militar adicional de mais de US$ 1,3 bilhão à Ucrânia. O país se prepara para enfrentar uma ofensiva russa na região leste.
Depois de quase 50 dias de guerra, os líderes ocidentais começam a divergir. O presidente francês não gostou que o presidente americano tenha acusado o presidente russo de genocídio. “Melhor evitar certas expressões”, disse Emmanuel Macron.
O primeiro-ministro da Alemanha se irritou com o presidente da Ucrânia, que recusou a visita do presidente da Alemanha em Kiev. Volodymyr Zelensky quer falar apenas com Olaf Scholz, que é quem pode decidir sobre armas. Zelensky declarou que sem novos armamentos esta guerra será um banho de sangue sem fim. Scholz respondeu que a Alemanha continuará a dar armas à Ucrânia, mas sem arrastar Berlim para o conflito.
A Ucrânia voltou a afirmar que o exército russo teria usado fósforo branco, proibido desde 1997. Mas a Rússia afirmou que cumpriu as suas obrigações e que já descartou completamente as armas químicas.
Quatro presidentes foram na quarta a Kiev levar apoio: da Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia.
Mais tarde, depois de visitar as ruínas de Borodianka, o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, disse que os criminosos de guerra devem ser processados internacionalmente.
“É difícil imaginar que famílias inteiras foram assassinadas e enterradas no local. Quando crianças são estupradas, sua bestialidade é demonstrada. Estas pessoas não são humanas, são algum erro da natureza. Esta terrível guerra tem que ser interrompida”, afirmou.
O Ministério da Defesa russo anunciou quarta-feira que 1.026 soldados ucranianos se renderam em Mariupol e divulgou imagens de alguns deles se entregando aos russos. O porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano não confirmou a notícia, que poderia significar a tomada da cidade pelos russos.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou a prisão do oligarca Viktor Medvedchuk e propôs a libertação dele em troca de soldados ucranianos.
Medvedchuk é amigo da família de Putin e padrinho de uma de suas filhas. Ele liderou o principal partido da oposição ucraniana, sempre em posições pró-russas, e foi indiciado por alta traição na Ucrânia em 2021.
Enquanto isso, em Moscou, o presidente Vladimir Putin fez novas afirmações de quem não teme as sanções do Ocidente. Putin falou que a Rússia pode facilmente redirecionar as exportações de seus vastos recursos energéticos para países que realmente precisam deles. O presidente russo reconheceu que enfrenta dificuldades, mas disse que isso também abre novas oportunidades.