Terça-feira, 22 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2025
O ex-presidente foi alvo de uma operação da Polícia Federal na última sexta-feira.
Foto: ReproduçãoO deputado federal André Fernandes (PL-CE) compartilhou nesta segunda-feira (21) uma foto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usando tornozeleira eletrônica. O Supremo Tribunal Federal (STF) impôs na última sexta (18) o uso do equipamento, além de outras restrições ao ex-presidente, a pedido da Polícia Federal (PF), com o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Na imagem, o deputado cearense aparece apontando para a tornozeleira eletrônica do ex-presidente. “A maior injustiça da história do Brasil! Prenderam um homem honesto, enquanto um criminoso governa o país. Estou contigo até o fim, meu presidente”, escreveu na legenda.
O ex-presidente foi alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã da última sexta-feira (18). A decisão do ministro Alexandre de Moraes afirma que o ex-presidente confessou de forma “consciente e voluntária” uma tentativa de extorsão contra a Justiça brasileira.
Entre as restrições determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro também está proibido de se aproximar de embaixadas e de manter contato com outros réus e investigados pela Corte. Além disso, foi determinada a “proibição de utilização de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros”.
As medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro foram impostas diante de indícios reunidos pela PF que apontam crimes de coação, obstrução e atentado à soberania nacional.
A defesa de Bolsonaro afirmou que recebeu a decisão com “surpresa e indignação”, a imposição de medidas cautelares classificadas como “severas”.
Investigação
O ministro Alexandre de Moraes relator da ação penal da trama golpista, abriu nesta segunda-feira uma ação para investigar o eventual uso de informação privilegiada de mercado em 9 de julho, mesmo dia do anúncio do tarifaço contra o Brasil pelo presidente americano Donald Trump.
Em sua manifestação, Moraes cita manifestação da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre reportagens a respeito de um volume atípico de compra e venda de dólares no dia do anúncio do tarifaço. Se confirmado, o uso de informação privilegiada para lucrar no mercado financeiro é crime. A AGU pediu que a Procuradoria-Geral da República recebesse a notícia de fato (procedimento para iniciar investigação) do caso.
O ministro do STF diz que “as matérias indicam que as transações de câmbio ocorreram em volume significativo e horas antes do anúncio oficial das novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil, o que sugere possível utilização de informações privilegiadas (insider trading) por pessoas físicas ou jurídicas, supostamente com acesso prévio e indevido a decisões ou dados econômicos de alto impacto”.
Moraes cita ainda postagem do investidor Spencer Hakimian, fundador da Tolou Capital, segundo o qual “alguém havia noticiado (antecipado) sobre as tarifas, rectius, sanções comerciais que seriam impostas ao Brasil” e que “possivelmente ‘alguém’ havia lucrado entre 25% e 50% em operações atípicas em menos de três horas”.
(Com informações do jornal O Globo)