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Brasil Brasil apresenta maior risco de contágio entre países emergentes, diz pesquisa da Fitch

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Conforme analistas da Fitch, estrangeiros possuem pesados investimentos em dívida brasileira em um momento no qual o País enfrenta severas adversidades econômicas. (Foto: Folha Imagem)

O Brasil representa uma ameaça maior de contágio para os mercados financeiros globais do que outras economias emergentes, ofuscando de longe a Rússia e a China, disse a agência de classificação de risco Fitch nessa quarta-feira, antecipando alguns pontos de uma pesquisa com investidores de renda fixa europeus que ainda será divulgada.

Os investidores, que gerenciam estimados 7,8 trilhões de euros em ativos, consideraram desequilíbrios econômicos, desafios políticos e taxas de juros dos EUA para selecionar as duas maiores ameaças de contágio dentre uma lista de cinco grandes mercados emergentes, que inclui também Turquia e Índia.

Entre os entrevistados, 76% selecionaram o Brasil, enquanto 38% escolheram a Rússia e 36%, a China. Turquia e Índia foram eleitas por 30% e por 7%dos entrevistados, respectivamente.

Embora os investidores não tenham detalhado os motivos para suas escolhas, as analistas da Fitch Shelly Shetty e Monica Insoll perceberam que os estrangeiros possuem pesados investimentos em dívida brasileira em um momento no qual o País enfrenta severas adversidades econômicas.

Uma esperada recessão, aliada à crescente inflação e déficits orçamentários, dificulta a tarefa da presidenta Dilma Rousseff de cumprir as metas fiscais, colocando em risco a cobiçada classificação de grau de investimento da dívida do Brasil.

Uma crescente crise política, relacionada ao escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras, também enfraqueceu a mandatária e levantou dúvidas sobre sua capacidade de aprovar medidas de austeridade no Congresso. As companhias brasileiras também sentem a limitação imposta pela forte dependência da dívida em dólar, em
um momento no qual as taxas de juros estão subindo no País e no exterior, explicaram as analistas. Além disso, investidores recentemente aumentaram a exposição em dívida corporativa brasileira, o que explica o crescente desconforto sobre o futuro da maior economia da América Latina.

“O número de questionamentos que temos tido de todos os tipos de investidores a respeito da opinião da Fitch sobre o risco brasileiro e latino-americano disparou”, disse Monica Insoll em entrevista por telefone.
“O Brasil tem sido muito popular como país emergente, então investidores estão sendo muito cuidadosos na hora de tentar quantificar seus riscos.”
A pesquisa da Fitch será divulgada ainda neste mês.

Desaquecimento
O IAEmp (Indicador Antecedente de Emprego) recuou 1,1% em junho, atingindo 65,7 pontos, mantendo-se pelo quarto mês consecutivo em níveis comparáveis aos do pior momento da crise internacional de 2008-2009. Quanto mais distante em relação a 100 for a pontuação, maior é a redução do nível de emprego. O IAEmp é calculado por meio de pesquisas feitas em empresas de serviços e da indústria nas principais regiões metropolitanas do País.

O indicador foi divulgado nessa quarta-feira, pelo Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getulio Vargas). Segundo a FGV, o resultado sinalizou, para os próximos meses, a manutenção da tendência de desaquecimento do mercado de trabalho observada desde o início do ano.

A FGV destacou variações negativas em alguns componentes do índice: a maior contribuição individual para a queda veio do indicador que retrata o ímpeto de contratações na indústria nos três meses seguintes: esse índice variou -3,9% no mês. Caiu também o indicador que mede a tendência dos negócios do setor de serviços nos seis meses seguintes: -3,1%.

Já o ICD (Indicador Coincidente de Desemprego) avançou pelo sexto mês consecutivo, ao variar 1,6% em junho, alcançando 89,7 pontos, o maior nível desde maio de 2009 (90,4 pontos). No ano, o ICD acumula variação de 21,9%, a maior da série para esse período de comparação. O ICD indica o movimento futuro do desemprego: quando maior for a pontuação, maior é o desemprego previsto.

Na avaliação do pesquisador da FGV Rodrigo Leandro de Mora, os resultados mostraram a tendência de deterioração do emprego para os próximos meses, principalmente na indústria. Para ele, o aumento do Indicador de Coincidência de Desemprego em junho foi decorrente, exclusivamente, da piora da percepção sobre o mercado de trabalho pelo consumidor das faixas de renda mais baixas, um resultado que parece sinalizar que as demissões poderão atingir mais fortemente os trabalhadores mais pobres no futuro.  (AG e Abr)

tags: Brasil

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https://www.osul.com.br/brasil-apresenta-maior-risco-de-contagio-entre-paises-emergentes-diz-pesquisa-da-fitch/ Brasil apresenta maior risco de contágio entre países emergentes, diz pesquisa da Fitch 2015-07-09
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