Quarta-feira, 01 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 9 de setembro de 2016
O Brasil segue ganhando medalhas na Paraolimpíada do Rio de Janeiro.
Verônica Hipólito nunca teve um biótipo típico de velocista. Em vez dos músculos exibia pernas e braços fininhos enquanto desfilava sua velocidade na pista. Há um ano, ganhar massa muscular tornou-se ainda mais difícil. Precisou retirar 90% do intestino grosso, o que dificulta a absorção de nutrientes pelo corpo. Acostumada a superar os desafios impostos pelo próprio corpo – um tumor no cérebro e um AVC, que a enquadrou na classe T38, para atletas com paralisia cerebral -, superou outra batalha nesta sexta-feira. A “magrela”, como é chamada carinhosamente pelos amigos, correu os 100m em 12s88 e faturou a prata, primeira medalha da carreira em Paralimpíadas.
Desde Pequim 2008, Phelipe Rodrigues e Andre Brasil travam um duelo “caseiro” nas provas de velocidade paralímpica na categoria S10. Dono de dez medalhas em duas edições dos Jogos Paralímpicos, Andre levou a melhor nos últimos dois encontros nos 50m livre. Na Rio 2016, no entanto, foi a vez do atleta de 26 anos brilhar, conquistando a medalha de prata e subindo ao pódio pela quarta vez em sua carreira. Já o experiente rival de 32 anos ficou no quase, terminando em quarto lugar. O ucraniano Maksym Krypa foi o campeão.
-“Eu estou super feliz. Queria estar no pódio ouvindo o hino do país junto com o André naquela dobradinha, mas não deu. Em Londres eu fiquei em quarto. O André é um super amigo. A Parlaimpída é uma competição que você controla a você mesmo, não dá para controlar os outros”, comentou Rodrigues.
“Lúcia vai te pegar, Lúcia vai te pegar”. Esse foi apenas um dos gritos dos animados brasileiros que compareceram em ótimo número às arquibancadas da Arena Carioca 3 para apoiar Lúcia Teixeira de Araújo no judô na Paralimpíada. Empurrada pelos compatriotas presentes, ela bem que tentou, mas foi a adversária Inna Cherniak, da Ucrânia, quem a pegou de jeito na final da categoria -57kg. A atleta do Brasil, que já tinha levado a prata em Londres 2012, repetiu a dose no Rio de Janeiro. A luta, contudo, foi muito rápida. (AG)