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Por Redação O Sul | 15 de julho de 2016
Filha de cearenses e nascida em Nice, cidade no Sul da França que sofreu um ataque na noite de quinta-feira, Aline Lima, de 18 anos, estava na praia quando, de repente, viu todos ao redor começarem a correr. A estudante de Psicologia tinha acabado de assistir aos fogos de artifício que faziam parte das celebrações do Dia da Bastilha quando ouviu dois estalos. De início, achou que eram bombinhas de brinquedo, mas logo percebeu que algo estava errado.
“Estava todo mundo correndo, dizendo que teve tiro. Só ouvi gritos. As pessoas estavam gritando, chorando”, conta a brasileira. Já em seu apartamento com os amigos que a acompanhavam na festa, Aline diz que o sentimento geral é de medo e tristeza.
Segundo ela, todos estão trancados em casa, nos restaurantes e em hotéis. Sua mãe está em um bar próximo à praia e não deve sair de lá nas próximas horas. Ela teme não apenas futuros atentados, mas as reações xenófobas que podem crescer na cidade após o ocorrido. “Depois do ataque terrorista que teve em Paris, a França inteira mudou. E não pelo lado bom. Nice é uma cidade muito racista e com medo de muita coisa. Acho que vai mudar e não vai ser bom para gente não, que somos estrangeiros.” (BBC Brasil)