Geral Carros estranhos com nomes exóticos viram piada

Mazda Laputa nem é oferecido no mercado nacional. Crédito: Reprodução

“Vai sentar no Picasso?” A piadinha óbvia e de baixa capacidade imaginativa pronunciada nas rodas de malandros foi copiada para o Kia Picanto. Imagine se a Ford tivesse importado o Pinto, um modelo compacto que fez muito sucesso nos Estados Unidos até descobrirem que o tanque de gasolina dele, montado equivocadamente atrás do eixo traseiro, explodia em abalroamentos e matava ou tostava os seus ocupantes.

Assim, o filhote de galinha foi aposentado e, com ele, seu nome pouco sonoro nos países de língua portuguesa. No lado feminino da mesma piada, a Chana nunca poderia ser atingida por um Picasso no cruzamento, senão virava gargalhada e notícia. Essa confusão de culturas e de países, aliás, sempre atravessou os nomes dos automóveis. O Pajero, da Mitsubishi, significa onanista, ou “praticante de sexo solitário”, nos países hispânicos. Por isso, o nome dele por lá é Montero.

Picape Toro será lançada
no início de 2016. Crédito: Reprodução

“Discovery Zica”.
As piadas prontas ganharam uma adesão de peso recentemente: é o indiano Tata Zica, vírus muito em moda atualmente, e que decora o hatch pequeno dos mesmo proprietários da Jaguar-Land Rover. Tomara que eles não criem um Discovery Zica, pois ninguém vai comprar com medo do azar… e do vírus. Outro que só passeia na Ásia é o Mazda Laputa, que, por motivos óbvios, jamais poderia ser oferecido aqui. Nem tão óbvios, mas estranhos, o Agile logo foi apelidado de “Fragile”, no Brasil, graças aos principais atributos desse Chevrolet. Idem para o Hyundai Veloster, chamado, aqui, de Lentoster, por suas linhas agressivas e um motor nem um pouco.

Picasso, mesmo celebrando um artista, é motivo de piada. Crédito: Reprodução

Piadas de sucesso.

Os brasileiros, aliás, são pródigos em fazer piadas com os nomes dos carros. O Verona, um híbrido VW-Ford, que rodou no passado, virou carro de “sapatão”, assim como o Hyundai Accent, rapidamente virou Acidente ou “carro desodorante”: “Use Accccccent no suvaco…”. Os coreanos, não por acaso, capricham: a Kia Besta, de Best-A, o melhor da série A esteve aí, para provar. A cornitude incomoda os latinos e, assim, nomes, como a nova picape Toro, devem preocupar os marketeiros da Fiat, que têm bons motivos para usá-lo.

Pesquisa de mercado é fundamental.
Enfim… aí dá para entender os milhões em pesquisa que se gastam para lançar os carro, e também por que a Palio Weekend, da mesma italiana Fiat, não se chama Palio Finale di Setimanna. (Marcellus Leitão/AD)

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