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Mundo China não libera insumos e produção da vacina contra o coronavírus é suspensa no Brasil

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Iniciativa é liderada pelo Instituto Butantan. (Foto: Antônio COR da Costa/Instituto Butantan)

A produção da vacina CoronaVac foi paralisada completamente pelo Instituto Butantan-SP, por falta de insumos. Um lote de 10 mil litros do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) ainda não foi liberado pela China e aguarda liberação. Essa quantidade é suficiente para elaborar cerca de 18 milhões de doses.

O diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou que o instituto deve entregar ao Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), menos da metade das doses previstas para o mês de maio: 5 milhões, em vez de 12 milhões.

“O mês ainda não terminou. Nós não estamos oficialmente atrasados. Estamos dizendo que vai atrasar porque não vai ter mais IFA”, declarou.

O cronograma deve ser recuperado em junho, segundo ele, se os insumos adquiridos chegarem ao Brasil sem novos atrasos. Na última quarta-feira, o Butantan atingiu a marca de 46 milhões de doses entregues, meta da primeira parte do contrato firmado com o governo federal. A previsão é de entregar mais 54 milhões de imunizantes até 30 de setembro.

Já a produção de vacinas pela Fiocruz será interrompida por alguns dias na semana que vem, até a chegada de novo lote do IFA. No entanto, a fundação diz que não haverá impacto na entrega de vacinas, realizada semanalmente, às sextas-feiras, conforme acordo firmado com o Ministério da Saúde.

Coordenadora-geral do Programa Estadual de Imunização de São Paulo, Regiane de Paula disse esperar que a vacinação no estado não seja afetada pela paralisação da produção do Butantan.

“Quando vamos parar? Nós esperamos que o Programa Estadual de Imunização do estado de São Paulo não pare. Podemos diminuir o ritmo, mas nós, até este momento, não paramos com nenhuma outra capital. Esperamos que o governo federal se sensibilize com todos os brasileiros e tome as atitudes que deve tomar”, afirmou.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acompanhou a liberação de mais 1,1 milhão de doses da CoronaVac ao PNI — o último lote com os insumos em estoque. Ele atribuiu a retenção do produto em território chinês a recentes declarações feitas pelo governo brasileiro contra a China.

Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro insinuou que a China pode ter criado o novo coronavírus em laboratório como parte de uma “guerra química”. O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi gravado declarando que o coronavírus foi “inventado” na China.

“Faço um apelo para as autoridades chinesas. Os brasileiros não pensam como o presidente da República do Brasil. As ofensas que foram proferidas desastrosamente pelo governo federal aos chineses representam não somente ofensa ao povo chinês, mas aos brasileiros que, sem vacina, podem perder suas vidas”, disse Doria.

Em evento de vacinação de atletas olímpicos, no Rio, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, negou que haja problemas diplomáticos com a China.

“Nós temos relações muito boas com todos os países, inclusive com a China. Não há nenhum problema diplomático com a China. A Fiocruz recebeu recentemente IFA proveniente da China. A questão do Butantan com a China é uma questão contratual e que eu espero que esse suprimento de IFA ocorra normalmente, e a produção se regularize para que tenhamos também a vacina CoronaVac, como tem sido desde o começo do ano”, disse o ministro, que disse que a Fiocruz está na iminência de fechar um acordo de transferência de tecnologia que permitirá a produção do IFA no país.

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