Domingo, 05 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 24 de julho de 2020
Não há, até o momento, evidências de que o novo coronavírus possa ser transmitido por animais
Foto: Reprodução/FacebookPesquisadores dos Estados Unidos descobriram duas linhagens diferentes do novo coronavírus em felinos do Zoológico do Bronx, em Nova York (EUA). Para identificar as duas cepas do novo coronavírus, os cientistas sequenciaram o material genético dos vírus retirados dos animais.
A variação entre eles sugere, segundo o estudo, que a infecção tenha tido origens diferentes em cada um dos animais em cativeiro. O tipo 1 se espalhou em leões, de origem desconhecida, e o tipo 2 se espalhou em tigres, possivelmente pelo contato com cuidadores.
O zoológico nova-iorquino reconheceu, em março deste ano, que quatro tigres e três leões apresentaram sintomas leves de Covid-19 e todos os animais foram submetidos ao teste RT-PCR para o diagnóstico da infecção.
O RNA (“DNA” do vírus) foi identificado nas secreções dos sete felinos. Além disso, os pesquisadores encontraram traços do Sars-Cov-2 nas amostras de fezes dos animais. Os cuidadores também foram submetidos a testes sorológicos, que apontaram a presença de anticorpos no organismo.
Os pesquisadores não conseguiram identificar a origem do vírus que infectou os leões, mas os dados epidemiológicos e análises genéticas apontaram similaridades entre os tipos de vírus encontrados nos tigres e nos cuidadores, o que pode indicar uma transmissão humano-animal.
Não há, até o momento, evidências de que o novo coronavírus possa ser transmitido por animais.