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Política Collor diz que o Brasil pode ficar ainda mais isolado se não apresentar um plano “robusto” sobre a Amazônia em evento nesta semana

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Segundo Fernando Collor de Mello, “o Brasil corre risco de virar um pária internacional”. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

“O Brasil corre risco de virar um pária internacional”, disse ao jornal O Globo o ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (PROS-AL). Segundo ele, se o governo do presidente Jair Bolsonaro não reorientar suas políticas externa e ambiental, o Brasil ficará ainda mais isolado na comunidade internacional.

A declaração de Collor, de quem Bolsonaro é próximo, vem ancorada em sua bagagem na área ambiental. Em junho de 1992, ele tinha diante de si dois grandes desafios: enfrentar a crise política que ameaçava seu governo e ser o anfitrião da Rio-92, que foi a maior e mais importante conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente até então. Se, no âmbito doméstico, o atual senador enfrentou reveses que levaram ao seu impeachment em dezembro daquele ano, na conferência o desempenho do presidente e sua equipe foi considerado bem-sucedido. Nos anos seguintes, o Brasil passou da condição de coadjuvante a um dos atores principais nas discussões sobre mudanças climáticas.

Nesta semana, Bolsonaro vai participar da Cúpula de Líderes sobre o Clima, um evento convocado pelo presidente americano, Joe Biden, para marcar o retorno dos Estados Unidos aos debates da questão, após a saída do país do Acordo de Paris no governo de Donald Trump. Para Collor, Bolsonaro terá um “tarefa árdua” se quiser evitar se transformar no “vilão” do evento. Collor diz que o país não vem fazendo o seu “dever de casa” e afirma que, enquanto o país não apresentar um plano robusto de combate ao desmatamento, não vai receber recursos estrangeiros para esse fim, como quer o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Leia abaixo alguns trechos da entrevista.

– Sua participação na Rio-92 foi considerada um relativo sucesso. Como o presidente Bolsonaro pode evitar se transformar no vilão da cúpula de Biden?Trata-se de uma tarefa árdua e que vai demandar esforço muito grande do governo federal no sentido de se reposicionar diante da comunidade internacional como um protagonista confiável e um parceiro aceitável, porque ela está muito atenta às mudanças climáticas e à questão ambiental como um todo. A partir de 1992, o Brasil assumiu um protagonismo positivo na discussão ambiental, e isso graças às posições que foram adotadas na própria Eco-92 e da ação do governo demonstrando claramente o nosso compromisso de conservação do meio ambiente, de acordo com os tratados e convenções internacionais. De lá pra cá, o Brasil veio se mantendo numa posição de ser um parceiro confiável e de ser um país sempre chamado a dar a sua opinião quando qualquer questão ambiental se colocasse diante dos demais signatários. Infelizmente, de uns anos para cá, essas contenções que havia no governo brasileiro para evitar, por exemplo, propagação das queimadas, aumento dos garimpos, ameaças a comunidades indígenas, tudo isso foi relaxado aos poucos, e com isso o Brasil foi perdendo o protagonismo adquirido a partir de 1992.”

– Na sua avaliação, esse processo se acentuou no governo do presidente Jair Bolsonaro?Sim. Esse processo se acentuou no governo Bolsonaro porque houve um distanciamento entre a política externa brasileira e a política ambiental brasileira. No meu governo, essas duas áreas vinham atuando em conformidade até porque, na pauta internacional, não se pode dissociar a política externa de um país da sua política estratégica de meio ambiente.” As informações são do jornal O Globo.

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