Quarta-feira, 09 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 23 de junho de 2020
O novo advogado do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse que protocolou na segunda-feira (22) no MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) um pedido para que o parlamentar preste esclarecimentos no âmbito da investigação da rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Segundo o advogado Rodrigo Roca, ex-advogado do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, o senador precisa prestar esclarecimentos para que o caso contra ele seja arquivado.
“A defesa requereu nesta data a oitiva do senador Flávio Bolsonaro nos autos do procedimento investigativo, considerando-se que ele nunca havia sido chamado para prestar declarações na condição de investigado”, disse.
“Com essas declarações e a evolução das investigações, a defesa não tem dúvidas de que tudo será esclarecido e a Justiça será feita com o arquivamento”, acrescentou.
Paralelamente, a defesa de Flávio Bolsonaro tenta paralisar a investigação no MP (Ministério Público) do Rio de Janeiro alegando que ela deveria ocorrer no órgão especial do Tribunal de Justiça, uma vez que o caso envolve um ex-deputado estadual com prerrogativa de foro.
“Estou me preparando para esse julgamento dessa semana e o Flávio precisa ser ouvido porque nunca foi chamado”, frisou.
O caso foi descoberto pela operação Furna da Onça em 2018, que mirou um pagamento de propina para deputados da Alerj por parte do grupo ligado ao ex-governador Sérgio Cabral.
Relatórios do então Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que embasaram a operação, mostraram movimentos atípicos nas contas de parlamentares e assessores, entre eles o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, lotado no gabinete de Flávio Bolsonaro. Queiroz foi preso na semana passada.
Flávio Bolsonaro informou no domingo que o advogado Frederick Wassef não faria mais a sua defesa. Segundo informou o parlamentar pelo Twitter, a decisão foi do advogado. “A lealdade e a competência do advogado Frederick Wassef são ímpares e insubstituíveis. Contudo, por decisão dele e contra a minha vontade, acreditando que está sendo usado para prejudicar a mim e ao presidente Bolsonaro, deixa a causa mesmo ciente de que nada fez de errado”, disse Flávio Bolsonaro na postagem.
Wassef defendia o senador na investigação sobre movimentações financeiras suspeitas quando Flávio era deputado estadual no Rio, mas resolveu sair do caso depois que o ex-assessor do parlamentar, Fabrício Queiroz, foi encontrado em uma propriedade do advogado, em Atibaia (SP), no último dia 18. Segundo a assessoria do senador, Rodrigo Roca e a advogada Luciana Pires passam a atender o senador. As informações são da agência de notícias Reuters e da Agência Brasil.