Quinta-feira, 08 de maio de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política Comitiva dos Estados Unidos que visitou Brasília em nenhum momento tratou do caso do ministro Alexandre de Moraes

Compartilhe esta notícia:

Reunião da comitiva realizada com a área técnica do Ministério das Relações Exteriores e da Justiça não tratou sobre Alexandre de Moraes. (Foto: Gustavo Moreno/STF)

“A montanha pariu um rato”. Foi com essa frase que integrantes do governo Lula, inclusive do Itamaraty, descreveram o resultado da agenda entre a comitiva de Donald Trump e Jair Bolsonaro.

No fim da semana passada, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) divulgou um vídeo destacando a vinda de uma comitiva dos EUA à Brasília, liderada pelo chefe da Coordenação de Sanções dos Estados Unidos, David Gamble. O deputado federal licenciado vinculou a agenda à colheita de informações sobre atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“Vai tá em Brasília o coordenador para fim de sanções do Departamento de Estado Americano, que é o órgão equivalente ao Ministério das Relações Exteriores. Quando eu disse que a batata do Alexandre de Moraes estava esquentando nos EUA, tá esquentando de verdade”, afirmou Eduardo. Segundo o deputado, David Gamble teria reuniões com o ex-presidente Bolsonaro e parlamentares de direita para colher informações sobre as ações do magistrado.

A história, porém, foi outra. O encontro com Jair Bolsonaro aconteceu, mas foi realizado com outro membro da comitiva: o assessor sênior do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos, Ricardo Macedo Pita.

Pita também se reuniu com Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e outros parlamentares. Na conversa, o tema Alexandre de Moraes não foi tratado, como informou o próprio senador. O foco da agenda foi o combate ao crime organizado.

A comitiva de Trump compareceu em peso na reunião realizada com a área técnica do Ministério das Relações Exteriores e da Justiça. Lá, o tema Alexandre de Moraes também ficou de fora da sala. O destaque da conversa foi a atuação do PCC e do Comando Vermelho em solo norte-americano, com presença em 12 estados daquele país.

A agenda foi liderada pelo chefe interino da Coordenação de Sanções dos Estados Unidos, David Gamble, e mais seis pessoas. Na reunião, eles fizeram questão de elogiar as cooperações feitas entre Brasil e EUA nessa frente e de demonstrar sua preocupação com o PCC e Comando Vermelho, que já passaram a operar em estados norte-americanos.

As autoridades dos EUA voltaram a pedir para que o Brasil enquadre essas organizações criminosas como terroristas. Os representantes do governo brasileiro, mais uma vez, rechaçaram a ideia. A explicação dada foi que, no Brasil, para que o PCC e organizações desse tipo se encaixem no conceito legal de terrorismo, elas precisam ter uma motivação de religião ou raça, e não somente limitada a lucrar com o tráfico, como ocorre com esses grupos.

A comitiva de Trump afirmou que o FBI avalia que o PCC e o Comando Vermelho estão presentes em 12 estados americanos, com atuação mais forte em Massachusetts, Nova Jersey, Nova York, Flórida, Connecticut e Tennessee. Eles relataram que essas organizações criminosas lavam dinheiro nos EUA usando brasileiros que viajam para aquele país.

Segundo as autoridades americanas, no ano passado a embaixada negou o visto para 113 pessoas que foram indicadas com conexões com organizações criminosas.

A lavagem de dinheiro do PCC e Comando Vermelho nos EUA ocorre por meio de operações comerciais, transações com criptomoedas e outros tipos de ações com maior dificuldades de serem rastreadas. Além de lavagem, as organizações criminosas também estão ligadas ao tráfico de armas feito por meio do Paraguai, relataram os americanos.

Na reunião, a comitiva de Trump elogiou a cooperação do governo brasileiro com as agências do país, como o FBI.

Entre as autoridades dos EUA presentes nas agendas estava o assessor sênior do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, Ricardo Macedo Pita, que se reuniu com o senador Flávio Bolsonaro para tratar do tema. Também participaram da reunião o primeiro Secretário da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, John Jacobs, o adido judicial Michael Dreher, o assessor sênior John Johnson, a chefe do setor político da Embaixada dos EUA, Holly Kirking Loomis, e o adido policial Shawn Sherlock.

Do lado brasileiro, participaram diplomatas do Itamaraty e membros do Ministério da Justiça envolvidos no combate ao crime organizado. As informações são do jornal O Globo.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Líder do partido de Bolsonaro critica diretor-geral da Polícia Federal: “Apaniguado do presidente Lula”
Deputado federal apresenta projeto que proíbe desconto automático em benefícios do INSS
https://www.osul.com.br/comitiva-dos-estados-unidos-que-visitou-brasilia-em-nenhum-momento-tratou-do-caso-do-ministro-alexandre-de-moraes/ Comitiva dos Estados Unidos que visitou Brasília em nenhum momento tratou do caso do ministro Alexandre de Moraes 2025-05-07
Deixe seu comentário
Pode te interessar