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Geral Coronavac: 7 perguntas para entender a vacina do Instituto Butantan

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O comitê é formado por especialistas de fora do Brasil e tem como função analisar dados de eficácia e segurança do estudo. (Foto: Divulgação)

O governo de São Paulo anunciou na última segunda-feira (19) os primeiros resultados dos testes feitos no Brasil da Coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

De acordo com Dimas Covas, diretor do Butantan, a Coronavac se mostrou segura, mas ainda será necessário esperar pelos resultados dos testes de eficácia, que indicarão se a vacina protege ou não contra o novo coronavírus.

Com mais de 40 milhões de infectados e 1,1 milhão de mortos no mundo por causa da covid-19, há uma grande expectativa em torno não apenas dessa, mas das 196 vacinas que estão sendo desenvolvidas atualmente no mundo contra a covid-19, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Desse total, 44 já estão sendo testadas em humanos, das quais 10 estão na última fase desta etapa de pesquisa, a chamada fase 3, quando se verifica a eficácia. Entre elas está a CoronaVac.

A seguir, veja uma série de perguntas e respostas para esclarecer o que se sabe sobre essa vacina até o momento:

1) O que foi divulgado sobre efeitos adversos?

O governo de São Paulo divulgou que, entre os 9 mil voluntários que já participam dos testes da Coronavac no Brasil, 35% deles tiveram efeitos adversos.

Os mais comuns foram dor, edema e inchaço no local da aplicação, dor de cabeça e fadiga. Não foram detectados efeitos colaterais graves.

2) Por que já se esperava que os testes no Brasil apontassem que a Coronavac é segura?

Há dois motivos. O primeiro é que ela usa uma tecnologia bastante tradicional, diz o imunologista Aguinaldo Pinto, professor da Universidade Federal de Santa Catarina.

Essa vacina utiliza uma versão inativada do vírus. Isso quer dizer que o vírus foi exposto ao calor ou a produtos químicos para não ser capaz de se reproduzir.

Uma vez injetado na corrente sanguínea, o vírus é detectado pelo sistema imunológico, que desenvolve formas de combatê-lo.

Mas, como o vírus é incapaz de se reproduzir, não consegue deixar uma pessoa doente.

O segundo motivo é que os testes no Brasil apenas confirmaram o que já havia sido comprovado em etapas anteriores da pesquisa, como o próprio governo de São Paulo indicou.

Antes de ser testada aqui, a Coronavac foi testada na China para verificar sua capacidade de gerar uma reação do sistema imune e sua segurança e obteve bons resultados em ambos os critérios.

Naquela ocasião, o estudo concluiu que esta vacina teve índices bastante semelhantes ou mesmo menores de participantes com efeitos adversos.

3) Afinal, a Coronavac protege contra a covid-19?

É exatamente isso que os testes de fase 3 estão investigando. Estes testes estão sendo realizados não só no Brasil, mas também na Indonésia e na Turquia.

No Brasil, os testes de fase 3 serão feitos pelo Butantan com 13 mil profissionais de saúde voluntários com idades entre 18 e 59 anos, dos quais 9 mil já foram recrutados.

Eles são divididos em dois grupos: um recebe a vacina e outro, placebo. Nem os participantes nem os pesquisadores sabem em qual grupo está cada voluntário.

Ao fim do estudo, será analisada a proporção de pessoas que receberam a vacina e ficaram doentes para atestar sua eficácia.

4) Qual é a taxa de eficácia que uma vacina deve ter?

A imunologista Cristina Bonorino, professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, diz que, em geral, uma vacina deve ter uma taxa de eficácia de 70%, ou seja, ser capaz de proteger sete em cada dez pessoas que a tomarem.

“Porque aí a gente consegue atingir a chamada imunidade de rebanho, e há uma chance maior de proteger a população como um todo”, afirma Bonorino.

5) A Coronavac pode ficar pronta ainda neste ano?

O governo de São Paulo afirmou que espera poder fazer uma primeira análise de eficácia até novembro. Também anunciou anteriormente que a vacinação de profissionais de saúde teria início em 15 de dezembro.

6) Quem vai tomar a vacina primeiro?

João Gabardo, coordenador-executivo do centro de contingência da covid-19 de São Paulo, afirmou que são usados normalmente critérios de vacinação no Brasil que levam em conta o grau de exposição a uma doença e os grupos para os quais ela representa um maior risco de morte.

Isso inclui profissionais de saúde e segurança, portadores de doenças crônicas, idosos, pessoas que têm alguma imunodeficiência.

7) Vai ser obrigatório tomar a vacina?

João Doria disse na sexta-feira (16) que a vacina contra a covid-19 será obrigatória em todo o Estado. Segundo Doria, somente quem tiver um atestado médico que comprove que ele não pode ser imunizado será liberado.

No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou que quem oferecerá a vacina será o Ministério da Saúde, mas “sem impor ou tornar a vacina obrigatória”.

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https://www.osul.com.br/coronavac-7-perguntas-para-entender-a-vacina-do-instituto-butantan/ Coronavac: 7 perguntas para entender a vacina do Instituto Butantan 2020-10-21
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