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Economia O coronavírus pode fazer o Brasil perder uma década e voltar ao nível de 2010

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Se confirmada previsão do FMI de queda de 5,3% no PIB brasileiro em 2020, economia deverá somar R$ 6,87 trilhões, nível próximo ao registrado há 11 anos

Foto: Reprodução
Se confirmada previsão do FMI de queda de 5,3% no PIB brasileiro em 2020, economia deverá somar R$ 6,87 trilhões, nível próximo ao registrado há 11 anos. (Foto: Reprodução)

Depois de três anos de leve recuperação, em que o País conseguiu ao menos reduzir as consequências da retração de 7% no PIB (Produto Interno Brasileiro) acumulada nos anos de 2015 e 2016, a crise gerada pela pandemia de coronavírus poderá apagar todo qualquer avanço feito ao longo dos últimos dez anos.

Caso a projeção de queda de 5,3% do PIB brasileiro feita na terça-feira (14) pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) se confirme em 2020, o País voltará ao patamar de riquezas que exibia no ano de 2010, segundo cálculo do Itaú Unibanco.

De acordo com a instituição, com a retração de 5,3%, a economia brasileira encerraria o ano de 2020 com um total do PIB de R$ 6,87 trilhões, patamar muito semelhante aos R$ 6,83 trilhões exibidos há 11 anos e bem distante dos valores próximos de R$ 7,5 trilhões de 2013 e 2014, picos da economia local antes do início da recessão causada por desequilíbrios internos de 2015 e 2016. “Caso essa expectativa do FMI se confirme, será uma década perdida”, disse a economista Júlia Gottlieb.

A economista afirma, porém, que dado alto nível de incerteza do cenário atual, as projeções de economistas são muito díspares. O Itaú, por exemplo, espera uma retração de 2,6% para este ano. A economista aponta ainda que, dada a forte retração deste ano, a instituição espera uma curva ascendente relevante em 2021, com a economia avançando 4,7%. O FMI é bem menos generoso com o cenário brasileiro no próximo ano, esperando um crescimento de 2,9%.

Pandemia x crescimento

No relatório divulgado ontem, que coincidiu com a marca de 120 mil mortos pelo covid-19 no mundo, o FMI fala na pior recessão global desde a Grande Depressão, em 1929. “A perda cumulativa para o PIB global entre 2020 e 2021 pode girar em torno de US$ 9 trilhões, mais do que as economias do Japão e da Alemanha combinadas”, disse a economista-chefe do Fundo, Gita Gopinath.

Em meio à pandemia, a atividade econômica mundial deve cair 3% em 2020 e crescer 5,8% em 2021. Os EUA deverão ter retração de 5,9% neste ano, com recuperação de 4,7% em 2021. Segundo o relatório, há uma relação entre a eficácia no controle da crise de saúde e a perspectiva econômica. Os Estados Unidos são hoje o país com maior número de casos de coronavírus.

Na zona do euro, também severamente afetada pela pandemia, com consequências especialmente graves na Itália e na Espanha, o encolhimento previsto para 2020 é de 7,5%, com alta de 4,7% em 2021.

Já a China e a Índia devem conseguir resultados modestamente positivo, apesar da recessão mundial. A economia chinesa devem crescer 1,2% neste ano e mais 9,2% no ano que vem. Para a Índia, o FMI prevê expansão de 1,9% em 2020 e de 7,4% em 2021.

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