Brasil “Delatora está desesperada”, afirma ex-ministro da Justiça
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2017
Em entrevista à imprensa, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo negou que tenha avisado a então presidenta Dilma Rousseff com antecedência sobre a prisão dos marqueteiros do PT João Santana e Monica Moura e disse que não tinha informações privilegiadas sobre a Operação Lava-Jato.
Segundo ele, a versão da delatora, que diz ter sido avisada sobre o andamento das investigações por Dilma através de e-mails cifrados, é “descabida, ridícula e contraditória”. O ex-titular da pasta, que também atuou como advogado da petista no processo de impeachment, argumenta que a mulher de João Santana “está desesperada” para tentar reduzir a sua sentença de prisão e não perder o dinheiro que arrecadou com esquemas de caixa 2.
Cardozo afirmou, ainda, que só comunicou a então chefe do Palácio do Planalto sobre as prisões de Santana e Monica no dia em que isso ocorreu, ou seja, em 23 de fevereiro do ano passado, quando o casal retornou ao País.
“De manhã cedo, não sei dizer o horário, o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, repassou a informação a mim, como sempre fazia em todas as forças-tarefas”, assegurou o ex-ministro. “Imediatamente, avisei a então presidenta Dilma Rousseff, como também era a praxe. Só se pode passar o que se tem e eu não tinha informações privilegiadas. A PF e o Ministério Público Federal nunca me passaram nada com antecedência.”
Sobre o suposto e-mail secreto para mensagens entre Dilma e a marqueteira do PT, ele nega ter conhecido o fato: “Eu nunca soube disso, como acho absolutamente incompatível com a postura que a presidenta Dilma sempre teve em relação a essas questões. Mônica diz que João Santana foi avisado por telefone por Dilma sobre o mandado de prisão contra eles, que havia sido visto em cima de uma mesa. Isso chega a ser risível”.
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