Sexta-feira, 12 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 31 de março de 2017
A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Brasília encaminhou, nesta sexta-feira (31), ao STF (Supremo Tribunal Federal), um pedido de investigação sobre o senador Lasier Costa Martins (PSD-RS), após a mulher dele ter feito um registro de ocorrência contra o parlamentar alegando ter sofrido lesão corporal e injúria. Como senadores só podem ser investigados no Supremo, devido à prerrogativa de foro por função, o boletim de ocorrência foi encaminhado diretamente à Corte.
O ministro Edson Fachin é quem analisará o caso. Como primeira providência, deve pedir que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre o caso relatado.
A jornalista Janice Santos, de 38 anos, casada com o político há cinco anos, afirmou na delegacia ter sido agredida por Lasier Martins e realizou exame de corpo de delito para auxiliar a investigação. Segundo relato de Janice, ela teria sido xingada e chutada nas pernas, além de ter sofrido lesões na mão, e teria sido pressionada contra um porta-joias durante a discussão.
A assessoria de comunicação d0 senador nega qualquer tipo de agressão. O casal está em processo de separação e, segundo o senador, a mulher estaria passando por problemas psicológicos.
Na quinta-feira (30), a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), líder do PT no Senado, enviou ofício à Procuradoria da Mulher no Senado solicitando que o órgão acompanhe a investigação de violência doméstica contra Lasier Martins. Segundo a senadora, a prática de violência de um membro do Senado Federal contra uma mulher não pode passar desacompanhada de uma ação efetiva da Procuradoria da Mulher, que tem como pauta a luta pela igualdade plena e o enfrentamento da violência contra as cidadãs.
Antes de se eleger senador, Lasier Martins, de 74 anos, ficou conhecido nacionalmente pela repercussão de um vídeo no qual sofre um choque elétrico durante transmissão ao vivo da Festa da Uva, em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, em 1996. As imagens, publicadas no YouTube em 2006, já contam com quase 5 milhões de visualizações.
(Agência Estado)