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Política Após tro­cas de far­pas sobre der­ru­bada de decreto sobre o IOF, Senado, Câmara e governo inter­rom­pe­m ata­ques e se unem na defesa do País con­tra medi­das de Trump

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Esse ali­nha­mento osci­lou de forma nega­tiva ao longo do governo Lula 3

Foto: Reprodução
Esse ali­nha­mento osci­lou de forma nega­tiva ao longo do governo Lula 3. (Foto: Reprodução)

Após meses de des­gaste polí­tico e enfren­ta­mento direto em torno da crise do Imposto sobre Ope­ra­ções Finan­cei­ras (IOF), o Palá­cio do Pla­nalto e par­la­men­ta­res do Cen­trão se rea­li­nha­ram em um dis­curso em comum: a defesa dos inte­res­ses da eco­no­mia naci­o­nal em rea­ção às tari­fas que o pre­si­dente ame­ri­cano Donald Trump pre­tende apli­car ao Bra­sil.

Esse ali­nha­mento osci­lou de forma nega­tiva ao longo do governo Lula 3 e pro­voca um iso­la­mento de ali­a­dos pró­xi­mos do ex-pre­si­dente Jair Bol­so­naro, que man­têm dis­curso em defesa da anis­tia para evi­tar a taxa­ção a par­tir de 1º de agosto.

A ame­aça de Trump e o afi­na­mento dos dis­cur­sos aju­da­ram a arre­fe­cer o embate do IOF e sina­li­zam para um perí­odo de âni­mos acal­ma­dos.

“Acho que já ampliou o leque de apoio ao governo, apro­xima seto­res eco­nô­mi­cos refra­tá­rios, des­gasta, como nunca, o bol­so­na­rismo e refaz a rela­ção har­mo­ni­osa entre Pode­res”, diz o sena­dor Renan Calhei­ros (MDB-AL).

Uma ala do Cen­trão ava­lia, porém, que esse ali­nha­mento é pon­tual e tende a se des­fa­zer depois que a crise com Trump for resol­vida. Para esses par­la­men­ta­res, o governo não pode se aco­mo­dar e ainda pre­cisa inves­tir em um diá­logo mais pro­du­tivo com o Con­gresso e recuar do dis­curso do “nós con­tra eles”, que mirou prin­ci­pal­mente no pre­si­dente da Câmara, Hugo Motta (Repu­bli­ca­nos-PB). Ofi­ci­al­mente, os pre­si­den­tes das duas Casas têm man­tido a posi­ção de busca por diá­logo para solu­ci­o­nar o tari­faço.

Inte­gran­tes das cúpu­las de par­ti­dos como PP, MDB, União e PSDB ava­liam que o epi­só­di­o­ do ­ta­ri­fa­ço­ po­de ­se­r o i­ní­cio de um enfra­que­ci­mento do bol­so­na­rismo, com pos­sí­vel impacto na cam­pa­nha elei­to­ral de 2026. Reser­va­da­mente, inte­gran­tes des­ses par­ti­dos pon­de­ram, no entanto, que o cami­nho até lá é longo e que as “nuvens da polí­tica” mudam rápido. De acordo com con­gres­sis­tas, a efe­ti­vi­dade ou não das tari­fas de Trump pode ainda mudar a nar­ra­tiva polí­tica ven­ce­dora. Por enquanto, esses líde­res enxer­gam o governo com larga van­ta­gem no lema de defesa da sobe­ra­nia.

“O que me chama aten­ção é essa capa­ci­dade de entre­guismo do bol­so­na­rismo. Eles colo­cam o boné (do Trump) e, ao mesmo tempo, se enro­lam na ban­deira do Bra­sil. É a defi­ni­ção de opor­tu­nismo. Houve esse ali­nha­mento do governo com o cen­tro, sim. Houve um sen­ti­mento de uni­dade. Quem tem sen­ti­mento de patri­o­tismo tem que se unir. Eu acho que isso vai rea­cen­der essa uni­dade em defesa do Bra­sil”, afir­mou o líder do PSD no Senado, Otto Alen­car (BA).

Outro epi­só­dio de pro­xi­mi­dade entre governo e Cen­trão foi na tra­mi­ta­ção da Reforma Tri­bu­tá­ria. A mudança no sis­tema de impos­tos, sob apoio do ex-pre­si­dente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSDMG), foi abra­çada por Lula e teve dire­ci­o­na­mento essen­cial do Minis­té­rio da Fazenda. A apro­va­ção da Emenda Cons­ti­tu­ci­o­nal ocor­reu em dezem­bro de 2023.

O clima come­çou a aze­dar pouco depois de Motta assu­mira cadeira. Sem um a pauta em comum, par­la­men­ta­res se viram irri­ta­dos com o que acu­sam de desor­ga­ni­za­ção no paga­mento de emen­das e falta de diá­logo. O Pla­nalto, por sua vez, se viu pro­vo­cado com diver­sos sinais da cúpula da Casa em pau­tar o pro­jeto de lei que anis­ti­a­ria envol­vi­dos no 8 de Janeiro.

A cri­se se agra­vou quando o governo publi­cou o decreto de ampli­a­ção na cobrança do IOF. Par­la­men­ta­res se sen­ti­ram “tra­í­dos” pelo minis­tro da Fazenda, Fer­nando Had­dad, que não comu­ni­cou a mudança com ante­ci­pa­ção. Em troca, Motta e Davi Alco­lum­bre (Uni­ãoAP) pau­ta­ram e apro­va­ram a der­ru­bada do decreto. Uma con­ci­li­a­ção foi mar­cada para esta semana pelo minis­tro Ale­xan­dre de Moraes, do Supremo Tri­bu­nal Fede­ral (STF).

(Com informações do jornal O Globo)

 

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