Quinta-feira, 03 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 25 de agosto de 2020
Depois de quase seis meses presos no Paraguai, Ronaldinho Gaúcho e seu irmão e empresário, Roberto de Assis Moreira, foram liberados na segunda-feira (24) para retornarem ao Brasil. A decisão foi do juiz Gustavo Amarilla, que aceitou uma “suspensão condicional” das acusações contra o ex-meia, concordando com solicitação apresentada por quatro promotores do Ministério Público do Paraguai, que foi também aceita pela defesa dos brasileiros. Horas após a confirmação da sua liberação, o ex-jogador compartilhou uma foto com o seu principal advogado do caso, Sérgio Queiroz, e agradeceu pelo empenho do defensor em ajudá-los a voltar para casa.
“Sem palavras para agradecer todo o empenho, apoio e carinho durante toda essa fase. Mesmo longe da família, em um período difícil que vivemos. Muito obrigado, dr.”, disse o jogador no Instagram Stories.
Em outra postagem, feita na madrugada desta terça-feira, Ronaldinho agradeceu também à equipe que trabalhou no caso. Na imagem, está o advogado principal, Queiroz, e mais cinco defensores que participaram da defesa no Paraguai. “Muito obrigado”, escreveu o ex-meia do Barcelona, PSG, Milan, Flamengo, Atlético-MG e Grêmio.
No acordo feito pelo MP, Ronaldinho deve pagar US$ 90 mil de multa (cerca de R$ 504 mil) “para reparar danos sociais”. Já Assis vai pagar US$ 110 mil (cerca de R$ 616 mil) e ainda recebeu uma condenação de dois anos com suspensão do julgamento, além de também precisar comparecer a cada três meses durante um período de dois anos. O termo judicial para “suspensão condicional do processo” refere-se a uma medida que não deixa antecedentes criminais.
Segundo o “GE”, esse valor será descontado dos US$ 1,6 milhão que eles haviam depositado como fiança quando mudaram para o regime de prisão domiciliar, em abril. A maior parte desse dinheiro (US$ 1,4 milhão, ou R$ 7,84 milhões) será devolvida a Ronaldinho e Assis.
A investigação concluiu que Ronaldinho não sabia que estava usando um passaporte adulterado. Mas Assis, sim. O primeiro foi condenado a um ano. Já o segundo, a dois. O pagamento das multas e o cumprimento das condições suspendem a privação de liberdade.