Quarta-feira, 15 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 10 de fevereiro de 2016
Uma das dúvidas mais comuns das pessoas é a respeito de vírus em seus smartphones. Muitas delas pensam que seus telefones estão infectados e gostariam de saber sinais de que isso realmente está acontecendo.
Sem analisar o smartphone de perto ou passar um antivírus, é muito difícil ter certeza se o equipamento está ou não com pragas digitais. Entretanto, de acordo com Fábio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky Lab, há sintomas que indicam claramente que o aparelho está infectado. “Lentidão repentina é um sinal clássico. Aquecimento e pop-ups no navegador são situações que devem fazer o usuário ligar o sinal de alerta”, destaca.
“Consumo excessivo da bateria ou da rede de dados também pode ser indício de que o aparelho está infectado”, aponta Mariano Sumrell, diretor de marketing da AVG Brasil. De acordo com Assolini, essas características são sinais altamente prováveis de que o smartphone foi alvo de vírus. No entanto, ele comenta que só quem analisa o celular a fundo consegue saber a real situação do eletrônico.
Cobranças indevidas na conta (no caso dos pós-pagos), em alguns casos, também pode ser um sinal de que seu telefone está com problemas de pragas digitais. “As origens nessa situação nem sempre são claras. Por isso, é preciso entrar em contato com a operadora e pedir uma análise detalhada”, diz Assolini. O analista sênior de segurança comenta que há trojans SMS que disparam mensagens a números Premium sem que o usuário perceba.
Solução.
Livrar-se dos vírus vai depender do estado de infecção em que o aparelho se encontra. Antes de tomar qualquer atitude, os especialistas recomendam que o usuário faça o back-up de fotos, vídeos e outros conteúdos importantes. “Se o usuário conseguir identificar um app que seja a causa dos sintomas, basta desinstalá-lo normalmente”, explica Sumrell. Em caso negativo, o mais indicado pelos especialistas é usar um antivírus para fazer verificações no sistema e o cartão microSD.
Caso essas recomendações não sejam o suficiente para livrar o aparelho das ameaças, será preciso tomar atitudes mais drásticas. “A solução definitiva é restaurar o padrão de fábrica e formatar o cartão microSD, se houver”, aconselha Assolini. Após esse processo, é indicado trocar as senhas das redes sociais, e-mail e serviços na nuvem, pois o vírus pode ter roubado esses dados.
Bateria e cartão SIM.
Os especialistas garantem: não é possível infectar baterias e cartões SIM. “No entanto, esse último pode conter falhas de segurança que serão usadas para enviar e interceptar mensagens SMS”, conta Sumrell. É comum que o usuário receba mensagens e alertas de que o aparelho está infectado e, na realidade, trata-se de uma armadilha.
Previna-se.
Para manter seu aparelho longe de ameaças é fundamental baixar aplicativos apenas de lojas confiáveis. “No Android, nas configurações de segurança, é interessante não permitir a instalação de apps de fontes duvidosas”, recomenda Sumrell. Outra dica é verificar as permissões que um app requer antes de baixá-lo.
“Usar redes Wi-Fi públicas é outro grande erro”, alerta Assolini. Qualquer pessoa pode usá-la, assim como qualquer um pode capturar dados e senhas de usuários, além de redirecionar o usuário para sites falsos. “Pode usar? Sim, mas prefira a rede 3G ou 4G se for fazer transações importantes. A segurança é garantida.”