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Armando Burd DEVERIA COMEÇAR ANTES

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Senador Paulo Paim

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Com atraso de no mínimo 20 anos, o Senado vai criar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar eventuais desvios de dinheiro da Previdência Social. A proposta é de Paulo Paim.
As suspeitas se arrastam há muito tempo, evidenciando a falta de transparência nos dados. Horas e horas de discursos na tribuna sobre o assunto estão registradas nos anais, sem que os parlamentares tivessem chegado a alguma conclusão. Na biblioteca do Senado, o volume poderia receber a denominação de “Previdência, Essa Desconhecida”.
O risco é de a CPI cair no vazio porque o governo tem pressa na votação do projeto de reforma e conta com a maioria votos, tanto na Câmara dos Deputados como no Senado.

EFEITO LIMITADO

As CPIs costumam ser apontadas como remédio para muitos males. Cabe, porém, ressaltar: elas não envolvem atos de inquérito policial ou processo penal. Não estão compreendidos nos seus poderes, por exemplo, a decretação de uma ordem de prisão nem a busca e apreensão sem prévia autorização judicial.
Após a investigação, os membros das CPIs estão limitados a emitir um relatório sobre o que foi apurado e remeter ao Ministério Público, que poderá dar andamento ou não, para promover a acusação dos investigados em processo criminal ou civil.

MAIS UMA VEZ

O Congresso discute a terceira reforma da Previdência em 20 anos. Fernando Henrique fez mexidas em 1998 e Lula em 2003. Agora, o governo exige adaptações e remendos. O suficiente para tocar por alguns anos, até a próxima reforma.
Quem mais tem a perder com o modelo deficitário da Previdência é o trabalhador. A atual estrutura não se sustenta a longo prazo. O colapso financeiro em que a Europa mergulhou, por não ter enfrentado o problema a tempo, é a maior comprovação.

TESOURA NECESSÁRIA

A Assembleia Legislativa, filtro da sociedade, deveria promover um seminário para tratar do orçamento estadual e apontar onde é possível conter despesas e levar recursos para setores da gestão pública que andam na penúria. O que cortar não falta.

RETRATO CRUEL

Na maioria das escolas, os alunos seguem reféns de esquemas enrijecidos de professores que repetem frases de efeito de alguma ideologia e se acham no pleno exercício do pensamento crítico.

DESCASO COM A LEI

O Brasil tem um dos melhores Planos de Destinação de Resíduos Sólidos. Levou 20 anos para ser aprovado no Congresso em meio a exposições e debates. Após sete anos da promulgação da lei, vê-se que não pegou. O prazo para acabar com os lixões se esgotou em 2014. Em todo o País, 41 por cento do lixo têm destinação inadequada, comprometendo gravemente o meio ambiente.

PONTO DE PARTIDA

A 22 de março de 2016, a Odebrecht decidiu fazer acordo de delação de seus principais executivos, incluindo o ex-presidente Marcelo Odebrecht. No mesmo dia, investigação da Polícia Federal identificou um departamento de propina funcionando dentro da empresa.

VISOR

* A crise financeira leva o governo do Estado até o fundo do poço, onde não encontra sequer um pingo d’água.

* Quando as empresas de energia elétrica são mal gerenciadas, sai de cena o consumidor e entra o contribuinte para tapar os rombos.

* O Ministério do Planejamento não sabe quanto o governo federal gasta com prédios que aluga. Quem saberá?

* Seria best-seller o lançamento agora de um Manual de Sobrevivência Política.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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