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Saúde Difícil imaginar um ser humano, homem ou mulher, que tenha mexido tanto com a libido alheia quanto Marilyn Monroe

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O famoso portal de leilões Julien's Auctions disponibilizará mais de 200 itens entre roupas e notas escritas à mão. (Foto: Reprodução)

Difícil imaginar um ser humano – homem ou mulher – que tenha mexido tanto com a libido alheia quanto Marilyn Monroe. Da nudez à la pin-up, clicada para o calendário de 1949 da Playboy, à célebre cena do filme “O Pecado Mora ao Lado”, em que seu vestido branco alça voo graças à ventilação do metrô, a atriz é referência fundamental na longa iconografia da luxúria. Mas o detalhe obsceno – não há sexo sem ele – é que a maior bombshell do cinema é puro recato frente a tudo o que o ser humano já fez dentro de quatro paredes. Destas, aliás, não restou pedra sob pedra.

Na Antiguidade, por exemplo, egípcios, gregos e romanos levavam o sexo para o espaço público, tornando-o parte de rituais sagrados e mesmo da educação dos jovens. Ainda não havia a noção do pecado, uma construção judaico-cristã. Mas não pense que a punição e a culpa estragaram tudo: foi justamente o embate entre a permissividade da luxúria e a restrição das regras de comportamento social que nos trouxe até aqui.

Lançamentos.

A história da Humanidade é também a longa trajetória da sacanagem, com seus altos e baixos, como se lê em dois lançamentos: o novíssimo “Como a Luxúria Mudou o Mundo”, de Maurício Horta (Leya), e “O Prazer do Sexo”, reedição do clássico bem-humorado da californiana Vicki León (Apicuri).
“Sem a sacanagem nós não estaríamos aqui”, sentencia Horta. “A luxúria foi construída historicamente. Portanto, este é um recorte interessante para analisarmos a nossa trajetória. O sexo é condição essencial para a nossa existência; e eu não me refiro apenas ao ato sexual necessário para a concepção, mas a tudo o que a sociedade construiu tentando liberalizá-lo, repreendê-lo e até mesmo compreendê-lo.”
O momento atual parece ter colocado uma lente de aumento nesse jogo de forças: na intimidade, as redes sociais aproximam os adeptos do poliamor; e as mulheres, agora donas de suas camas, convidam quem bem entendem para frequentá-las. Na moda, celebridades de curvas abundantes, como Kim Kardashian (o adjetivo é proposital), levam as grandes grifes a repensarem suas modelagens e estratégias de marketing. A Balmain, tão tradicional no passado, hoje dita a moda sexy para mulheres que não têm nada (ou quase) a esconder. O que dizer das fendas desenhadas pelo belga Anthony Vaccarello? Não foi à toa que Donatella Versace o convidou, no início do ano, para assumir a Versus, segunda linha da marca italiana. Levar Anthony para a Versace é como juntar a fome com a vontade de comer.

O poeta Marcelo Frazão relançou o livro “Homo Sapiens Sexualis”, em que seus poemas eróticos são ilustrados por Paulo Villela, um senhor de 81 anos que aposta na saliência como arte. Também por aqui, Letícia Gicovate estampa a ex-atriz pornô Cicciolina na capa do primeiro número da revista erótica Nin, que já está nas livrarias.
E, no horário nobre, na mesma novela em que as duas atrizes mais reverenciadas do País dão um longo (e polêmico) beijo, a vilã não esconde o apetite sexual irrefreável. No Instagram, as fotografias de comida são tantas que mexem com a rotina de comensais, chefs e fotógrafos. Quem nunca digitou #foodporn?

Tempo contraditório.

A lista é de tirar o fôlego – mas não é o mínimo que se espera do sexo? E pensar que tudo isso acontece ao mesmo tempo em que o amor homossexual é perseguido, clitóris são mutilados, obras de arte e de entretenimento sofrem intervenção conservadora (pense na versão para o cinema do best seller “50 Tons de Cinza”) e o estilo gender-neutral (neutralidade de gênero) aparece em coleções femininas e masculinas de grifes como Saint Laurent, levantando novas possibilidades de sexualidade ao mesmo tempo em que esconde o mais famoso objeto do desejo da história: o corpo. (Renata Izaal/AG)

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https://www.osul.com.br/dificil-imaginar-um-ser-humano-homem-ou-mulher-que-tenha-mexido-tanto-com-a-libido-alheia-quanto-marilyn-monroe/ Difícil imaginar um ser humano, homem ou mulher, que tenha mexido tanto com a libido alheia quanto Marilyn Monroe 2015-06-11
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