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Carlos Roberto Schwartsmann Distanciamento físico, sim! Lockdown, não!

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Para o distanciamento ser eficaz é necessário esclarecimento e amplo apoio individual e de toda sociedade. (Foto: Maria Ana Krack/PMPA)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O lockdown é a determinação de proibir as pessoas de sair de casa ou circular sem prévia autorização do poder público.

Johan Giesecke, Prof. Emérito do Instituto Karolinska, epidemiologista Sueco responsável pelo plano liberal no combate a Covid-19, afirmou que não existem evidências que o lockdown seja eficiente. “É uma opção duvidosa, não comprovada cientificamente e politicamente muito perigosa!”.

De todas as medidas de prevenção das infecções virais provavelmente o distanciamento físico é a medida mais eficaz. É difícil de ser executada na prática. São pontos críticos: o transporte público (ônibus, metrô, avião), os refeitórios, os vestiários etc.

Distanciamento significa distância segura entre você e outras pessoas. Evidentemente depende do nível social, econômico e cultural da população envolvida. Quando o governo alemão pediu para as pessoas pararem de andar na rua, elas pararam! Nos países pobres elas saíram de casa, contra a recomendação governamental, pois elas precisavam de dinheiro para comprar comida!!

Os defensores do lockdown argumentam que o “ACHATAMENTO DA CURVA” diminui a incidência de contaminação e consequentemente haverá menor sobrecarga na rede hospitalar e menor número de mortos. A pior propaganda para políticos é contabilizar mortos, pois eles são os maiores responsáveis por este evento!

No início do atual flagelo, a OMS elogiou o lockdown Chinês (altamente severo) e admitiu ser o melhor caminho para conter a pandemia.

Mas, com o passar do tempo, as recomendações mudaram e recentemente David Nabarro, Secretário da OMS, apelou para os políticos pararem de usar o Lockdown, pois “ele só tem uma única consequência que não deve ser desprezada: tornar os pobres muito mais pobres”

O primeiro homem público que denunciou o lockdown foi Andrew Cuomo, governador de Nova York, que avaliando a pandemia após 2 meses concluiu que “66% dos Hospitalizados estavam confinados em casa!!”

A vizinha Argentina, que ficou fechada por 4 meses, amarga no dia de hoje ter ultrapassado o Brasil no número de mortos por milhão (1036 x 1018)

A Suécia, que desprezou o confinamento absoluto, possui uma população de 10,3 milhões e contabiliza hoje 12713 mortos.

O RGS onde vivem 11,3 milhões alcançou 12.029 mortos.

O Paraná, onde a população é de 11,5 milhões, teve 11.271 mortos.

Após um ano de pandemia, os números são praticamente iguais!!

Regionalizando, ao nível de cidades, segundo as Secretarias de Saúde, Pelotas, que possui população de 343.132, com dirigentes favoráveis ao lockdown, contabilizou 370 mortes.

Em Caxias do Sul, com 517.000 habitantes e que não teve tanta rigidez, contabilizou 440 mortes. Proporcionalmente, o número de óbitos foi muito menor.

Juntamente com a nossa DIVINA imunidade, o distanciamento físico é a nossa maior arma para combater a Covid!

Talvez, melhor até que a própria vacina! Na gripe espanhola de 1918, onde morreram mais de 40 milhões de pessoas, não havia vacina!!

Entretanto para o distanciamento ser eficaz é necessário esclarecimento e amplo apoio individual e de toda sociedade!

Lockdown nunca!!!

Os dados aqui registrados são encontrados na Jonhs Hopkins Covid Map.

 

 

Carlos Schwartsmann (Médico e professor)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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