Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
23°
Partly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre foram presos nesta sexta-feira por suspeita de sonegação fiscal

Compartilhe esta notícia:

A operação denominada “Juno Moneta” investiga sonegação fiscal de aproximadamente 400 milhões de reais e ocultação de patrimônio. (Foto: Receita Federal)

Dois empresários ligados ao MBL (Movimento Brasil Livre) foram presos nesta sexta-feira (10) por suspeita de sonegação fiscal de mais de 400 milhões de reais. O Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil de São Paulo, o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) e a Receita Federal deflagraram a operação denominada “Juno Moneta”, que investiga sonegação fiscal de aproximadamente 400 milhões de reais e ocultação de patrimônio.

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária em desfavor de Alessander Monaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido como Luciano Ayan nas redes sociais. A investigação sobre lavagem de dinheiro envolve doações ao Movimento Brasil Livre (MBL) e Movimento Renovação Liberal (MRL).

Segundo a polícia, foram apreendidas diversas mídias digitais, entre celulares, computadores, HDs e pendrives; documentos impressos e dinheiro; além de maconha em quantidade compatível para uso pessoal. Os objetos, documentos e cerca de R$ 100 mil foram encaminhados para a sede do Ministério Público.

A Polícia Civil do Estado de São Paulo, em operação de busca e apreensão na sede do MBL nesta sexta-feira (9), levou do escritório apenas dois computadores. O local, que estava vazio devido à pandemia, teve a porta blindada arrombada. Os tetos do escritório foram vasculhados para a procura de materiais escondidos, mas nada foi encontrado. A operação se deu em meio à investigação por suposta lavagem de dinheiro com dois empresários, Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, que não são membros do movimento”, informou o MBL.

Segundo o MP-SP, as evidências já obtidas indicam que estes envolvidos, entre outros, construíram efetiva blindagem patrimonial composta por um número significativo de pessoas jurídicas, tornando o fluxo de recursos extremamente difícil de ser rastreado, inclusive utilizando-se de criptoativos e interpostas pessoas.

No curso dos trabalhos conjuntos o MP-SP informou que ficaram evidenciados os seguintes fatos sobre o MBL: Confusão jurídica empresarial entre as empresas MBL e MRL; Recebimento de doações de forma suspeita (cifras ocultas). Recebimento de doações através da plataforma Google Pagamentos – que desconta 30% do valor, ao invés de doações diretas na conta do MBL/MRL; Constituição e utilização de diversas empresas em incontáveis outras irregularidades, especialmente fiscais. A família Ferreira dos Santos, criadora do MBL, adquiriu/criou duas dezenas de empresas – que hoje se encontram todas inoperantes e, somente em relação ao Fisco Federal, devem tributos, já inscritos em dívida ativa da União, cujos montantes atingem cerca de R$ 400 milhões.

Sobre Alessander Monaco Ferreira o MP-SP apontou: Movimentação financeira extraordinária e incompatível; Criação/Sociedade em 2 empresas de fachada; Ligado aos “Movimentos”, realiza doações altamente suspeitas através da plataforma Google; Viajou mais de 50 vezes para Brasília, entre julho/2016 a agosto/2018 – todas (conf. Consta) para o Ministério da Educação – com objetivos não especificados; Apesar de tudo, solicitou emprego e foi contratado pelo governo do Estado de SP para trabalhar na CADA – Comissão de Avaliação de Documentos e Acesso da Imprensa Oficial do Estado – e justamente um cargo que tem função de gerenciar tarefas de eliminação de documentos públicos, de informações relativas ao recolhimento de documentos de guarda permanente, produzidos pela Administração Pública.

Sobre Carlos Augusto de Moraes Afonso (Luciano Ayan) o MP-SP informou: Ameaças aos que questionam as finanças do MBL; Disseminação de fake news; Criação como sócio de ao menos 4 empresas de fachada; Uso de contas de passagem, indícios de movimentação financeira incompatível perante o fisco federal.

Veja o que disse o MBL: “Importa destacar que não existe confusão empresarial entre Movimento Brasil Livre e Movimento Renovação Liberal, haja vista o MBL não ser uma empresa, mas sim uma marca, sob gestão e responsabilidade do Movimento Renovação Liberal única pessoa jurídica do Movimento o que é fato público e notório, inclusive posto publicamente em inúmeros litígios onde a entidade figura como autora e até mesmo Requerida. Chega a ser risível o apontamento de ocultação por doações na plataforma Google Pagamentos, haja vista que todas as doações recebidas na plataforma são públicas, oriundas do YouTube e vulgarmente conhecidas como superchats, significando quantias irrisórias, feitas por uma vasta gama de indivíduos de forma espontânea. Sob o aspecto lógico, seria impossível realizar qualquer espécie de ocultação e simulação fiscal por uma plataforma pública e com quantias pífias. Por fim, cumpre esclarecer que as atividades empresariais e familiares dos fundadores do MBL são anteriores ao próprio Movimento e não possuem qualquer vinculação, haja vista que não possuem qualquer conexão ou convergência de finalidade”. As informações são da Polícia Civil de SP, do MP-SP e do MBL.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

O uso do remédio remdesivir mostra melhora na recuperação clínica de pacientes com coronavírus
Anac e ANP investigam suspeita de adulteração de gasolina de aviação
https://www.osul.com.br/dois-empresarios-ligados-ao-movimento-brasil-livre-foram-presos-nesta-sexta-feira-por-suspeita-de-sonegacao-fiscal/ Dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre foram presos nesta sexta-feira por suspeita de sonegação fiscal 2020-07-10
Deixe seu comentário
Pode te interessar