Quarta-feira, 30 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 7 de maio de 2018
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que as leis de migração norte-americanas foram escritas por pessoas que não amam o país e reiterou a necessidade de acabar com a imigração ilegal.
“Temos leis escritas por pessoas que realmente não podem amar o nosso país”, disse Trump em Dallas, onde está para participar do congresso anual da Associação Nacional do Rifle (NRA).
Trump voltou a afirmar que os EUA têm as “piores” leis de imigração do mundo e reiterou a promessa de defender as fronteiras do país. “A imigração ilegal deve terminar”, disse.
O presidente defendeu que o sistema de concessão de vistos seja baseado no mérito e afirmou mais uma vez que a imigração é usada por criminosos para entrar no país, citando especificamente o MS-13. Por isso, disse ser necessário fortalecer as leis.
O controle de imigração, as deportações e o fortalecimento da segurança na fronteira com o México são parte central do discurso do presidente, que pretende implementar medidas mais coercitivas para reduzir o número de imigrantes no país.
Além de avançar sobre os imigrantes ilegais, o governo está acabando com problemas de imigração legal, como o Status Temporário de Proteção (TPS), destinado a cidadãos de países que foram alvo de alguma catástrofe.
Honduras
O governo de Honduras dará apoio legal a cerca de 60 mil imigrantes desta origem que tiverem cancelado pelos Estados Unidos seu Status de Proteção Temporária (TPS, em inglês) para optar por sua residência permanente, anunciou o presidente Juan Orlando Hernández nesta segunda-feira (7).
O governante indicou que ampliará a atenção com “assessoria jurídica” nos consulados creditados em várias cidades americanas “para que as pessoas que estão com TPS possam fazer suas consultas” sobre os trâmites para conseguir residência.
Os Estados Unidos comunicaram na sexta-feira a Honduras que, a partir de 2020, será cancelado o status concedido desde 1999, após a devastação sofrida pelo país centro-americano devido ao furacão Mitch, em 1998.
“Queremos iniciar um esforço muito coordenado que nos garanta segurança (…) para a atenção especializada ao nosso povo”, anunciou Hernández em videoconferência com os cônsules hondurenhos creditados nos Estados Unidos.
O governo hondurenho havia gerido ante a administração de Donald Trump uma nova ampliação do TPS, como as que foram concedidas por períodos de 18 meses desde 1999. Washington comunicou a prorrogação, mas adiantou que é a última.
O anúncio preocupou as pessoas que há 20 anos recebem o benefício, assim como o governo, pela injeção econômica que os imigrantes representam nos Estados Unidos por meio de remessas enviadas a suas famílias.
Honduras recebeu em 2017 cerca de quatro bilhões de dólares em remessas em 2017, o equivalente a 18% do PIB (Produto Interno Bruto). Mais de um milhão de hondurenhos residem nos Estados Unidos, a maioria sem documentos legais.