Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de junho de 2017
Em discurso, o presidente dos EUA, Donald Trump, deixou claro que sair do acordo de Paris é um ato mais político que climático. Nesta sexta-feira (02), o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, se encontrou com o ministro das relações exteriores do Brasil, Aloysio Nunes Ferreira, e respondeu a uma pergunta da correspondente da Globo News em Washington, Raquel Krahenbul, confirmando que se trata de uma política de Estado.
Para Trump, o acordo foi feito para outros países tirarem vantagem dos Estados Unidos.
Ao sair do tratado, os americanos deixam de contribuir com 2 bilhões de dólares para o fundo verde da ONU.
Donald Trump afirmou que foi eleito para representar Pittsburg, uma cidade industrial da Pensilvânia, e não Paris. O prefeito de Pittsburgh, Bill Peduto, disse que vai manter a cidade alinhada com o acordo do clima. Os governadores de Nova York, da Califórnia e de Washington criaram uma aliança estadual pra honrar o tratado.
O ex-presidente Barack Obama divulgou uma nota dizendo que “os Estados Unidos se juntam a um pequeno grupo de países que rejeitam o futuro”.
O presidente francês, Emmanuel Macron, considerou um erro a decisão americana, disse que os outros países têm a responsabilidade de “fazer o planeta grande de novo” – numa referência ao slogan da campanha de Trump.
A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, chamou a saída dos Estados Unidos de lamentável e afirmou que agora, todos vão se esforçar ainda mais para atingir as metas de Paris.
Em uma reunião conjunta, o primeiro-ministro da China, Li Ke-Giang, e o presidente da comissão europeia, Jean Claude Juncker, anunciaram que vão se unir para manter o acordo e chamaram a decisão de Trump de “grande erro”.