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Mundo Donald Trump reduz a cota de importação do aço brasileiro em quase 83%

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Presidente americano alegou retração no mercado doméstico.(Foto: José Paulo Lacerda/CNI)

O presidente americano Donald Trump decidiu reduzir o limite para importação de aço do Brasil. Ele argumenta que houve queda de demanda no mercado dos Estados Unidos.

Segundo o Instuto Aço Brasil, que reúne as siderúrgicas brasileiras, a medida se aplica aos produtos de aço semiacabado apenas. E vai resultar em um corte de quase 83% do embarque previsto desse tipo de produto para os EUA no quarto trimestre.

Em um decreto publicado na sexta-feira (28), Trump alterou decisão anterior sob os chamados poderes de segurança nacional garantidos pela Seção 232 para reduzir o limite de importações.

Esses limites foram definidos em 2018 como parte de um acordo firmado entre EUA e Brasil para evitar as tarifas que o presidente americano vinha aplicando a outras nações.

Em nota divulgada na noite do sábado (29), o governo brasileiro disse que espera que o mercado siderúrgico americano se recupere e que, a partir das negociações previstas para dezembro, as exportações possam ser restabelecidas. “A excepcional qualidade das relações bilaterais permitirão o pleno restabelecimento e mesmo a elevação dos níveis de comércio de aço semiacabado”, diz o comunidado.

Trump citou uma retração no mercado de aço americano, decorrente de paralisações de produção em razão da pandemia do novo coronavírus. “As importações da maior parte dos países recuaram neste ano de forma compatível com essa contração, enquanto as importações do Brasil caíram apenas ligeiramente”, disse o presidente americano no decreto.

Os EUA vão, até o fim de 2020, reduzir o limite “aplicável a certos artigos de aço importados do Brasil”. O decreto não especifica quais serão esses artigos, e os EUA permitirão isenções em certos casos. Os novos limites vêm após conversas com o Brasil, que enfrentou a ameaça de uma sobretaxa de 25%.

“Estados Unidos e Brasil terão novas negociações em dezembro de 2020 para discutir a situação do comércio de aço entre os dois países à luz das condições de mercado que estiverem prevalecendo naquele momento”, disse Trump no decreto.

Marco Polo Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil, explica que o decreto americano é resultado de mais de 20 dias de negociação entre EUA e Brasil.

O Brasil pode exportar 3,5 milhões de toneladas de aço semiacabado para os Estados Unidos por ano. Pelo acordo fechado em 2018, ficou determinado um limite de até 30% deste total por trimestre.

A primeira demanda vinda dos Estados Unidos, continua ele, era para que o Brasil enviasse a cota de 30% ao longo do trimestre. Mas isso não era viável, porque, como a demanda de importadores americanos consumia a cota em horas, o volume do terceiro trimestre já estava embarcado.

As siderúrgicas, tando nos EUA quanto no Brasil, sofreram forte redução da demanda por aço com o freio na construção civil e indústrias como a de automóveis levou todas as companhias siderúrgicas no país a paralisar altos-fornos.

A cota para as importações do Brasil será revertida ao nível anterior ao decreto em 2021 “a menos que esse limite seja modificado posteriormente ou encerrado”, segundo o documento divulgado na sexta-feira (28).

O preço do aço no mercado americano recuou 12% neste ano devido à redução de demanda associada à pandemia. Houve queda nas encomendas nos mais diversos segmentos, de eletrodomésticos a construção, passando por automóveis. Nesta semana, executivos do setor nos EUA, reunidos em um dos maiores encontros da siderurgia na região, estimaram que a recuperação aos níveis pré-pandemia virá m um ou dois anos.

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https://www.osul.com.br/donald-trump-reduz-a-cota-de-importacao-de-aco-brasileiro-em-quase-83/ Donald Trump reduz a cota de importação do aço brasileiro em quase 83% 2020-08-30
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