Quarta-feira, 09 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 3 de agosto de 2022
Duas recenseadoras do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) foram assaltadas, na manhã desta quarta-feira (3), no Bairro Cidade Nova, em Aracaju (SE), enquanto se preparavam para a coleta de dados para o Censo Demográfico. A população brasileira começou a ser recontada, de forma detalhada, na segunda-feira (1º).
Segundo o portal de notícias G1, as vítimas foram abordadas por um homem armado, que fez ameaças e roubou um celular e um tablet utilizados para realização da pesquisa. Além de um celular de uso pessoal de uma das vítimas. Ninguém ficou ferido.
Um Boletim de Ocorrência foi registrado na Central de Flagrantes, na capital de Sergipe. O IBGE confirmou que recebeu a informação de que uma recenseadora e uma supervisora foram assaltadas, e que elas receberam a devida assistência. O caso foi registrado na polícia e a direção nacional do IBGE está acompanhando a situação.
Três meses
Nos próximos três meses, os recenseadores do IBGE visitarão 89 milhões de endereços, sendo 75 milhões de domicílios. A estimativa é de que sejam contadas cerca de 215 milhões de pessoas.
O Censo brasileiro é uma das maiores operações censitárias do mundo. No auge da operação, em torno de 183 mil recenseadores irão de porta em porta em todos os 5.570 municípios do país. Ao todo, são 452.246 setores censitários urbanos e rurais, 5.972 localidades quilombolas, 624 terras indígenas, 11.400 aglomerados subnormais e 5.778 grupamentos indígenas.
“O Censo não é do IBGE, o Censo é do Brasil e para o Brasil. O Censo é de todos nós. Nossa equipe visitará todos os lares brasileiros, coletando informações que serão muito relevantes para o futuro do país. Não deixaremos ninguém para trás, mas para isso contamos muito com o apoio da cidadã e do cidadão brasileiros. Recebam o IBGE de portas abertas”, afirmou na segunda-feira o presidente do Instituto, Eduardo Rios Neto.
Programado para ser realizado inicialmente em 2020, mas adiado devido à pandemia, e em 2021 por questões orçamentárias, o Censo 2022 marca 150 anos do primeiro recenseamento feito no país.
“O primeiro Censo foi feito em 1872 para contar o saldo da Guerra do Paraguai, chegando a cerca de 10 milhões de pessoas. Hoje, 150 anos depois, temos o desafio de contar 215 milhões de pessoas, segundo indicam as estimativas populacionais”, comentou o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.
Ele explica que além de identificar a população por sexo e idade, o Censo hoje traz um questionário robusto, que segue rigorosamente as recomendações da ONU. “A ONU tem um conjunto de perguntas recomendadas para todos os países. Nós estamos seguindo isso e ainda acrescentando informações que são importantes para acompanhar a realidade brasileira”. As informações são do portal de notícias G1.