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Armando Burd É preciso correr na frente para ganhar fôlego

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O programa será vinculado ao Ministério da Economia e o aporte ao fundo será feito por ato do ministro Paulo Guedes. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem conhecimento e credibilidade para convocar um fórum que pode se denominar Para Onde nos Leva a Crise. Com representantes de entidades empresariais e de trabalhadores, o primeiro tema deveria ser Opção contra a Recessão.

Haverá desafios imensos e é preciso evitar o improviso a partir do momento em que a pandemia passar. Sem planejamento, o país incidirá em equívocos fatais. Só a estreiteza de visão sobre o futuro explicará a negligência de realizar um grande fórum.

Passos certos

Inexistirá fórmula mágica à qual recorrer para fazer a Economia voltar à normalidade. A resposta será a criação de condições de crescimento e de emprego. A imobilidade se tornará fórmula perversa que alimentará a pobreza e a miséria. Não adiantará só voltar a produzir, se não houver quem compre.

Não dá para contentar a todos

Após a manifestação do governador Eduardo Leite, ontem pela manhã, ficou comprovado que jamais existirá consenso durante a pandemia.

Desagradou grande parte da população, que está retida em casa e gostaria de ouvir o anúncio da derrubada de todas as restrições. São os que deixaram de trabalhar e ficaram sem renda.

Há outro grupo que pode e deve ficar em casa para não correr riscos. Mesmo assim, é contrário a qualquer liberação com medo da proliferação mais intensa, tornando-se vítima do contágio.

Cada um por si

Não há como impor controle. O governo do Estado faz levantamentos, sugere, orienta, aconselha, mas a decisão é individual. Ainda mais quando a maioria precisa de salário para se alimentar.

Jogo de paciência

O médico David A. Kessler, comissário da Food and Drug Administration de 1990 a 1997, publicou segunda-feira artigo no jornal The New York Times. Um trecho:

“Precisamos enfrentar o fato de que retornar à nossa velha realidade será um processo lento e frustrante. Levará muitos meses e exigirá poços profundos de paciência. Não seremos totalmente livres até que tenhamos uma vacina. Então, como vamos navegar neste terreno perigoso?”

Sem esconder

Ministros têm prestado contas à população, diariamente, sobre o passo a passo do combate ao coronavírus. Fazem opção pela comunicação e não pelo encolhimento. Preferem a luz à escuridão.

Pausa forçada

A pandemia age como anestésico nas tensões políticas entre potências e desmobiliza os arsenais com ogivas nucleares. A Rússia tem 1 mil e 600; Estados Unidos, 1 mil e 750; França, 280; Inglaterra, 120, entre outros países. Prova de que, apesar de estar vivendo uma tragédia, o mundo pode dispensar e esquecer armas produzidas em arsenais para matar.

Efeito colateral

Recente acordo assinado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo cortou a produção mundial em 9,7 milhões de barris por dia. Os preços do barril de petróleo já caíram mais de 60 por cento este ano. Falta repercutir nos postos de gasolina.

Terão resposta?

Caso a pandemia recue e as eleições municipais se realizem neste ano, a grande pergunta aos candidatos durante a campanha será: como administrar as prefeituras com os cofres vazios em decorrência da tragédia?

Está comprovado que não haverá espaço nem dinheiro para a tradicional demagogia.

Nova queda

Faltam duas semanas para a terceira reunião do ano do Comitê de Política Monetária do Banco Central. Não surgiu um especialista que duvide: a taxa de juros vai baixar.

Caso de Polícia

Em meio à crise, consumidores indefesos enfrentam a ação de pescadores de águas turvas, que aumentam os preços dos gêneros de primeira necessidade.

O poder público não pode ficar de braços cruzados. Há lei para coibir. Prendendo uma meia dúzia, vão se acalmar.

Espelho da gravidade

Governantes deverão trocar a costumeira expressão austeridade necessária por dificuldade extrema.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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