Quarta-feira, 02 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 13 de outubro de 2020
Economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa de inflação para este ano e passaram a prever um tombo maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.
As expectativas fazem parte do boletim de mercado, conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta terça-feira (13) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
Segundo o relatório, os analistas dos bancos subiram a estimativa de inflação deste ano, de 2,12% para 2,47%. Foi a nona alta seguida do indicador.
Em setembro, a inflação oficial do País avançou 0,64% e foi puxada pela alta nos preços de alimentos e da gasolina. Foi a maior alta para um mês de setembro desde 2003 – quando atingiu 0,78% – e a maior taxa do ano.
Apesar da alta, a expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% em 2020.
Pela regra vigente, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do País, pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2021, o mercado financeiro subiu de 3% para 3,02% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.
PIB
No caso do comportamento do PIB, a previsão dos economistas para a retração da economia passou de 5,02% para 5,03%. Com isso, foi interrompida uma sequência de quatro semanas de melhora no indicador. Para 2021, o mercado continuou projetando uma alta de 3,5%.