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Economia Em três anos, a alta da conta de luz foi 70% maior que a inflação

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Com o aumento das chuvas, os níveis dos reservatórios das hidrelétricas melhoraram. (Foto: Freepik)

Em três anos, a tarifa de energia residencial subiu 70% acima da inflação. O baixo nível dos reservatórios, que ajudou a elevar a tarifa de energia nos últimos anos, vai continuar pesando no bolso do brasileiro. Especialistas avaliam que a bandeira vermelha, adotada este mês e que encarece a conta de luz, deve permanecer até outubro, com possibilidade de ser estendida até dezembro, caso as chuvas não sejam suficientes para regularizar o patamar das hidrelétricas.

De acordo com estudo feito pela consultoria Safira, a tarifa avançou 33,4% entre fevereiro de 2015 e maio de 2018, bem acima da inflação do período, de 19,7%. O volume de chuvas abaixo da média histórica foi uma das principais razões para esse descolamento, ao lado de fatores como a alta do dólar – que pressiona as tarifas da usina de Itaipu – e outros custos do setor repassados ao consumidor.

Mês passado, choveu 70% da média histórica nas bacias que compõem o sistema interligado, o terceiro pior índice para um mês de maio em 88 anos, segundo nota do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) divulgada no início de junho.

O CMSE afasta o risco de racionamento, mas analistas avaliam que, nesse ritmo, os reservatórios das hidrelétricas permanecerão abaixo do patamar desejado, levando as distribuidoras a recorrer a fontes mais caras de energia, como as termelétricas.

Em maio – quando começa o chamado período seco, que vai até outubro – o nível dos reservatórios nas regiões Sudeste/Centro-Oeste estava em 42,6%. No Nordeste, o patamar era de 39,69%. O ideal é que estivessem acima de 50%.

“Quando os reservatórios estão baixos, o ONS (Operador Nacional do Sistema) dá ordem para que termelétricas sejam acionadas, de forma a atender à demanda. Pelas previsões, é grande a probabilidade de a bandeira vermelha ficar até outubro”, afirmou Leonardo Calabró, vice-presidente de Operações da consultoria Thymos.

As distribuidoras têm contratos de longo prazo de fornecimento de energia acertados nos leilões, mas assumem custos maiores quando chove pouco e precisam comprar energia mais cara. Para compensá-las, o governo criou, em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias, que embutem uma cobrança adicional na conta.

A cor verde indica situação confortável dos reservatórios. As bandeiras amarela e vermelha (nível 1 e 2) significam que o consumidor pagará até R$ 5 mais na conta de luz a cada 100 kilowatt hora (kWh) consumidos.

Entre outubro e dezembro de 2017, a bandeira tarifária estava vermelha. Ficou verde entre janeiro e abril, quando as chuvas voltaram a cair com força. Em maio, ficou amarela. E, em junho, voltou a ficar vermelha. A cor da bandeira também indica aos consumidores a necessidade de mudança de hábitos para poupar energia, como tomar banhos mais curtos (para quem tem chuveiro elétrico) e não deixar a porta da geladeira aberta por muito tempo.

 

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https://www.osul.com.br/em-tres-anos-a-alta-da-conta-de-luz-foi-70-maior-que-a-inflacao/ Em três anos, a alta da conta de luz foi 70% maior que a inflação 2018-06-19
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