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Colunistas Empatia Social em tempos de Coronavírus

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Colocar-se no lugar do outro talvez nunca tenha sido tão importante. (Foto: O Sul)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Um nome, uma roupa, uma sacola, e ainda um oceano de dúvidas e poucas certezas sobre seu hoje e o amanhã. Eis algumas realidades que nos deparamos, quando experimentamos a verdade de alguém que vive em situação de rua. Em um termo muito conhecido na cultura ocidental: o mundo deste “próximo”.

Um dos primeiros elementos que procuramos saber quando dialogamos com um “morador de rua” é o seu nome, e este, carrega uma trajetória. Muitas vezes, quando nos permitimos ouvir estas pessoas, escutamos: “eu vim de tal lugar”, “sou filho deste ou desta” e ainda “meu nome eu não lembro, mas me chamam assim por causa…”. E assim se descobre uma estima, uma dignidade. Oferecer atenção para que alguém fale de si, nos leva a compreende que ali, existe uma história e um protagonista que quer ser respeitado.

Como viver sem um guarda-roupas? Sim, eles vivem. É preciso compreender também que o valor, ou o entendimento do que é um local para guardar seus bens, é muito diferente do nosso. Como carregar um guarda-roupas na rua? Alguns até possuem locais para armazenar seus itens, como por exemplo, árvores, valões e terrenos abandonados. Para nós um absurdo, para eles também o é.

Em tempos de enfrentamento da pandemia e de #fiqueemcasa, o que poderíamos fazer para ajudar? Campanhas do agasalho, ações de entrega de comida e outros movimentos acontecem ao nosso redor, e nós, o que estamos fazendo? Este problema também requer nosso compromisso. Colocar-se no lugar do outro talvez nunca tenha sido tão importante. Estamos em casa ou, no minimo, contando os minutos para retornar a ela, nosso porto seguro, não é verdade?

Um artigo nem sempre deve ter como objetivo ensinar algo a alguém, às vezes, deve simplesmente nos fazer refletir. Mas gostaria de perguntar, será que conseguiríamos nos inquietar mutuamente frente a este problema social? É possível “esperançarnos” e nos movimentarmos para ajudarmos os “invísiveis” de nossa cidade? A palavra esta contigo.

Matheus Ayres – Sociólogo

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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