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| Encaminhado à Assembleia Legislativa um projeto que prevê o incentivo à produção de etanol no Rio Grande do Sul

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Programa tem por base matérias-primas como batata-doce, para reduzir dependência ao combustível feito fora do Estado. (Foto: EBC)

O governador gaúcho Eduardo Leite encaminhou à Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (14), um projeto de lei que prevê a instituição do “Pró-Etanol”, programa de incentivo à produção de etanol a partir de grãos, tubérculos e cana-de-açúcar. A intenção é diminuir a dependência do Rio Grande do Sul em relação ao combustível oriundo de fora do Estado.

Aveia branca, batata-doce, cevada, centeio, triticale e até mesmo trigo de menor qualidade são algumas das alternativas para compor o leque de matérias-primas, assim como o sorgo granífero e arroz-gigante.

Com a criação do programa, terras sem uso no inverno serão melhor aproveitadas. Dados da Embrapa Trigo indicam que o Estado tem 6 milhões de hectares de grãos cultivados no verão. No inverno, a área plantada é de apenas 1,2 milhão de hectares.

Os recursos para fomento à produção terão que ser incluídos na previsão orçamentária do Rio Grande do Sul. Atualmente, de acordo com dados setoriais, a produção interna de etanol representa menos de 1% do consumo estadual, estimado em 1,5 bilhão de litros por ano.

Em setembro, a Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) já havia emitido licença prévia e de instalação para a primeira usina gaúcha de etanol. “O que diferencia este empreendimento é que ele utilizará como matéria-prima a batata-doce (item do qual o no Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores no País), enquanto os demais têm por base cana-de-açúcar”, detalhou na ocasião.

Com a licença, o empresário Henrique Sudbrack Leonhardt – que trouxe a ideia após visita a uma usina no Mato Grosso – recebeu sinal-verde para instalar a unidade, em uma área de três hectares no município de Carazinho (Região Noroeste). “Serão beneficiadas mais de 400 famílias que cultivam o tubérculo há dois anos, no âmbito da agricultura familiar”, projetou.

Toda a mão de obra utilizada é do Rio Grande do Sul e, além das famílias beneficiadas, cerca de 50 pessoas serão empregadas, quando a usina estiver em funcionamento.

Outras manifestações

Para a presidente da Fepam, Marjorie Kauffmann, “empreendimentos como esse são de extrema importância, principalmente em um Estado agrícola como o Rio Grande do Sul, porque possibilitam a variação de matéria-prima e ajudam a manter a sustentabilidade econômica”. Com a licença, o empreendedor está autorizado a instalar a usina, que será construída em uma área de três hectares no município de Carazinho.

A iniciativa foi construída em conjunto com a Frente Parlamentar em Defesa da Produção e Autossuficiência de Etanol, coordenada pelo deputado Elton Weber (PSB). Segundo ele, o programa dará impulso à economia gaúcha: “A lei trará segurança jurídica para uma política duradoura de produção de etanol em um momento de extrema importância para a retomada da economia no Estado”.

O titular da Seapdr (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural), Covatti Filho, frisou que o projeto resulta de um compromisso firmado há cerca de um ano. Ele acrescentou que já existem pesquisas sobre o assunto na UFSM (Universidade Federal de Santa Maria).

“O Rio Grande do Sul tem todas as condições de produzir etanol”, prosseguiu. “Importamos mais de 1,6 bilhão de litros por ano, o que significa que deixamos de arrecadar mais de R$ 600 milhões para o nosso Estado.”

Já o governador Eduardo Leite mencionou a possibilidade de que a iniciativa encaminhada ao Parlamento proporcione ao Rio Grande do Sul uma maior independência no que se refere ao combustível procedente de fora:

“Entendemos a relevância econômica deste programa para que possamos buscar a autossuficiência da produção do etanol em nível estadual, e assim tudo o que compramos de fora do Estado possa ser substituído por aquisições internas, fomentando a cadeia produtiva que envolve produtores, distribuidores e armazenadores, gerando emprego, renda e desenvolvimento em diversos municípios do Estado”.

(Marcello Campos)

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