Sábado, 10 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de junho de 2021
Nas últimas semanas, o termo “cringe” (usado para designar algo que dá vergonha alheia) tomou conta da internet depois da Geração Z passar a listar o que consideram micos, incluindo muitas coisas que os Millenials gostam.
Assim, surgiu uma “disputa” entre gerações e até uma discussão sobre quais são as diferenças significativas entre esses dois grupos, separados por alguns anos.
Antes de falar sobre os Millenials e a Geração Z (ou Gen Z), é importante lembrar que essas não são as únicas gerações a receberam nomes por suas características.
Esse tipo de divisão surgiu da tentativa de organizar a população a partir do ano de nascimento, e assim ver os valores, a economia e as formas de se relacionar em comum entre as pessoas desses grupos.
Vamos voltar algumas décadas para explicar. Por exemplo, quem nasceu entre 1945 e 1964 faz parte da geração dos “Baby Boomers”, nome que faz referência à alta de nascimentos depois da 2ª Guerra Mundial. Já os nascidos entre 1965 e 1980 fazem parte da Geração X, que era considerada como sem uma identidade definida, marcada por uma ruptura com as anteriores e buscando seu próprio propósito.
Chegamos à Geração Y, ou os famosos Millenials, que engloba quem nasceu entre 1981 e 1995, e foram nomeados com esse termo porque se tornariam adultos na virada do milênio. Nasceram antes da internet e viram sua chegada, vivenciando esse momento de transição. Diferente da geração anterior, que se dedicava totalmente ao trabalho e ao sucesso profissional, os Millenials se preocupam em fazer algo que traga felicidade. Assim, essa geração tem facilidade para mudar de trabalho, caso seja necessário, e não se imagina passando a vida inteira em um mesmo emprego. Apesar de não nascerem com a tecnologia, esse grupo teve contato com ela desde cedo, e assim aprendem rápido e se adaptam bem.
Entre séries e filmes que os marcaram, estão produções como Friends, One Three Hill, Harry Potter e Meninas Malvadas. No rádio, tocava Backstreet Boys, Spice Girls e Rouge. Os Millenials brasileiros também viram a Seleção Brasileira de futebol masculino virar tetra campeã em 1994, depois de ficar cinco edições sem trazer o troféu para casa.
Já a Geração Z, composta por quem nasceu entre 1996 e 2010, é considerada a “primeira tribo de nativos digitais”, segundo a agência de publicidade Sparks & Honey. Os jovens desse grupo estão preocupados em transformar o mundo, serem disruptivos, e são mais engajados em causas sociais do que as gerações anteriores.
Por nascerem com a internet, é natural para eles usar plataformas para se expressarem e comunicarem, como Twitter, Instagram e WhatsApp. Séries como Euphoria, Outer Banks e Elite os representam. Nos fones, músicas pop como as de Olivia Rodrigo não saem do repeat. A rede deles é o TikTok e o look é marcado pelo cabelo repartido ao meio.
Sobre a polêmica “cringe” entre as gerações, a discussão gerada repercutiu tanto que foram identificadas mais de 43 mil menções ao termo no Twitter, segundo a Knewin, empresa de PRTech.
É normal que existam diferenças, principalmente em um cenário em que a indústria dita e muda tendências tão rapidamente como o das últimas décadas. Mas, se você pensou que apenas a Gen Z usou o termo, saiba que ele também foi apropriada pelos Millenials para responder à zoeira. Para a galera dos anos 80 e 90, postar vídeos dançando e usar calças mais largas, por exemplo, que é considerado “cringe”.
O meme em alguns dias deve passar, ainda mais que hoje, com as redes sociais, as pessoas levam os memes à exaustão, mas os contrastes e diferenças geracionais ficam, e cada grupo segue com seus gostos e características. E apostamos: essa não vai ser a última vez que uma geração diz que a anterior é “cringe” e vice-versa.