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Economia Entenda em 5 pontos o acordo entre Estados Unidos e China que permite uma trégua à guerra comercial

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Pequim reduzirá os tributos sobre produtos dos EUA de 125% para 10% por 90 dias, enquanto Washington vai diminuir as tarifas de 145% para 30%.(Foto: Freepik)

Estados Unidos e China divulgaram nessa segunda-feira (12) um acordo para reduzir as tensões iniciadas com o começo do governo de Donald Trump, que culminou em uma escalada tarifária a partir de 2 de abril. Ambos os lados concordaram em reduzir, até 14 de maio, tarifas impostas aos produtos um do outro, levando a um salto nas Bolsas americanas no pré-mercado e valorização do dólar.

Pequim reduzirá os tributos sobre produtos dos EUA de 125% para 10% por 90 dias, enquanto Washington vai diminuir as tarifas de 145% para 30%. Há também medidas não tarifárias. Veja abaixo os principais pontos do acordo.

* Redução e remoção de tarifas

A agência de notícias Reuters teve acesso a um detalhamento do acordo que mostra o que muda e o que será mantido em termos de tarifas

As tarifas impostas pelos EUA a produtos chineses antes de 2 de abril, que Trump chamou de Dia da Libertação, permanecem. Trump havia taxado os itens vindos da China em 10% em fevereiro e mais 10% um mês depois.
Os EUA vão reduzir as tarifas anunciadas em 2 de abril de 34% para 10% por um período de 90 dias.

As tarifas impostas durante a escalada tarifária (após 2 de abril), fase em que EUA e China retaliaram um ao outro sucessivamente, serão removidas por completo.

Com isso, a tarifa de importação sobre produtos chineses ficará em 30%. Hoje, elas somam 145%.

Tarifas específicas por setor, como veículos elétricos, aço, alumínio, continuam em vigor.

A China vai remover a maioria das tarifas retaliatórias impostas desde 2 de abril, mantendo apenas uma taxa de 10% sobre bens americanos.

Inicialmente, a Reuters informou que a isenção para encomendas internacionais de até US$ 800 (os “minimis”) da China, que havia sido suspensa pelo governo Trump em 2 de maio, permaneceria. Ou seja, produtos importados de sites chineses como Temu e Shein ficariam de fora do acordo China-EUA.

Pouco tempo depois, a agência afirmou que ainda não está claro sobre o que acontecerá com essas importações.

Em 2 de maio, os EUA passam a taxar compras internacionais de itens com valor de até US$ 800 (cerca de R$ 4.540) em 90%.

O Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, na sigla em inglês) processava quase 4 milhões de remessas isentas de impostos por dia antes da mudança na regra. Pesquisas indicam que a maioria dessas remessas vinha da China e de Hong Kong.

* Exportações de terras raras

A China afirmou que vai suspender ou cancelar suas “contramedidas não tarifárias” impostas aos EUA no mês passado, embora ainda não esteja claro como algumas dessas medidas serão revertidas.

É possível que essa parte do acordo se refira à inclusão, feita pela China em 4 de abril, de sete minerais conhecidos como terras raras na sua lista de controle de exportações — uma medida amplamente vista como resposta às tarifas cada vez mais punitivas impostas pelo governo Trump.

Esses minerais são importantes para produção de chips e outros produtos tecnológicos, e indústrias americanas já relatavam a falta destes suprimentos.

* Restrições a empresas americanas

Como parte de sua retaliação em abril, a China incluiu algumas empresas de defesa e tecnologia dos EUA em uma lista de restrições.

A redação do acordo anunciado nesta segunda-feira sugere que essas empresas serão removidas da lista, que proibia comércio e investimento com a China. Seria outra medida não tarifária.

No entanto não há menção no acordo à inclusão de uma dúzia de empresas americanas que haviam sido colocadas na lista em março.

* Revisão de acusações antidumping

Em retaliação à guerra tarifária de Trump, a China também abriu uma investigação antidumping sobre a atuação da empresa química DuPont no país.

O acordo sugere que a investigação antidumping será arquivada, segundo a Reuters. Entretanto a investigação antidumping contra o Google, anunciada em fevereiro, não seria suspensa, de acordo com a agência.

* Consulta econômica

O acordo não é definitivo. Trata-se de um recuo parcial, não uma reversão completa das tarifas. Por isso, EUA e China estabeleceram um mecanismo de consulta econômica e comercial que permitirá a continuidade das negociações entre as partes.

Os mercados reagiram positivamente à redução das tarifas, com as ações chinesas ampliando os ganhos — os principais índices apagaram as perdas causadas pelas tarifas — enquanto o dólar subiu ao maior nível em um mês ante o euro e o iene. (Com informações do jornal O Globo)

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