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Saúde Especialistas avaliam se estamos passando por uma quarta onda de covid

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O País registrou 32.463 novos diagnósticos em 24 horas. (Foto: Reprodução)

Diante do aumento de casos de covid em todo o País, a população teme a entrada em uma nova onda de contágios. Desde o início da pandemia, o Brasil passou por três grandes picos de contaminação – no início, ainda em 2020; em 2021, com a chegada da variante delta, e no início de 2022, quando a ômicron fez os índices explodirem novamente.

Os especialistas entram em consenso quando a questão é apontar os principais motivos pelo aumento de casos: o abandono das medidas sanitárias. São poucas as regiões que ainda exigem o uso da máscara, e aglomerações voltaram a ser permitidas, como shows, festas e jogos de futebol. Jaime Rocha, infectologista e professor da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, diz, no entanto, que precisaremos esperar um pouco mais para determinar qual é o real cenário que vivemos.

“A verdade é que a gente só consegue avaliar ondas depois de um período passado, verificando mesmo se houve redução e aumento. A impressão que se tem é de um grande aumento no número de casos leves ou moderados, e acredita-se que isso seja uma combinação do número de pessoas vacinadas e variantes. Não sabemos o quanto se deve à uma coisa ou outra, mas com certeza absoluta, as vacinas foram um grande transformador desse cenário”, afirma.

“Não vimos até o momento a explosão de casos internados, (casos) graves ou na UTI. Claro que, apesar de aumentar o número de casos leves, mesmo que uma proporção menor fique leve, vamos ter aumento de casos graves. Isso já começa a acontecer em algumas regiões”, completa.

Igor Thiago, médico da Sociedade Brasileira de Infectologia do Rio Grande do Norte, lembra que o outono e inverno são estações do ano que facilitam o aumento das infecções respiratórias, sejam elas por covid ou não.

“Vivemos uma variação sazonal das viroses respiratórias que acontecem sempre nessa época do ano, de maio até julho, época mais fria. Aumenta o número de casos de influenza, assim como o de covid, que ainda circula na comunidade. Está pegando, obviamente, não vacinados. Vacinados estão com quadros leves. Algumas, com comorbidades apresentam quadros mais graves, que precisam se internar, mas felizmente a mortalidade continua bem baixa, além do que a gente poderia esperar”, comenta.

Em meio à possibilidade de contaminação por mais de um vírus, Rocha aponta a testagem como arma principal da população nesse momento, principalmente em um momento em que é possível receber o resultado sem sair de casa.

“As pessoas abandonaram máscaras, cuidados em geral, e mais do que isso, como se tratam de sintomas mais leves, muitas vezes não estão testando, e sem testar, não se isolam, contaminando várias pessoas, e esse circuito se perpetua. É cedo para saber o que vem pela frente. A certeza é que devemos insistir na vacinação, e se a pessoa estiver qualquer sinal de sintoma respiratório, deve ser testada. Há vários outros vírus que circulam no inverno, e não há como separar um do outro sem o teste.”

O sanitarista Gilberto Martin Berguio não acredita que seja possível, muito por conta das vacinas, que cenas como as dos últimos dois anos sejam revividas. Por outro lado, opina que a pandemia ainda está longe do fim, embora a vacina seja uma barreira importante nessa luta.

“Não vamos viver, acredito eu, momentos como os que vivemos no pico da pandemia, porque temos uma grande parcela da população vacinada, e essa é a grande barreira para que o vírus não tenha circulação tão intensa quanto da última vez. Porém, a gente tem ainda parcela importante da população que não está vacinada, e é ela que vai permitir que o vírus circule com menor intensidade”, afirma.

“Aquelas pessoas não vacinadas têm campo maior de progressão da evolução do vírus. A preocupação que fica no ar, é que na medida que o vírus circula, ele encontra onde se proliferar à vontade, e cada vez que você tem uma reprodução viral, há o risco de uma nova variante. A grande preocupação é o surgimento de uma variante mais agressiva do que a que temos circulando no momento.”

O especialista vê o momento atual como um “ponto de inflexão”, e pede cuidado por parte da população.

“Entendo que a gente vive uma espécie de ponto de inflexão. A pandemia está em um processo de diminuição, que não significa um processo de encerramento ou finalização. Não acabou e infelizmente acho que está longe de terminar”, diz.

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