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Mundo Estados Unidos criam novo bloco para enfrentar avanço da China na Ásia

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Objetivo de Biden é retomar o espaço perdido na região que mais cresce no mundo. (Foto: Cameron Smith/The White House)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, arregimentou uma dúzia de países da Ásia para formar um novo bloco econômico definido sem critérios muito rigorosos destinado a conter o avanço da China e reassegurar a influência americana na região, cinco anos Donald Trump enterrar a Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), que havia sido criada com o mesmo objetivo.

A aliança aproximará os EUA de potências regionais como Japão, Coreia do Sul e Índia, para estabelecer novas regras de comércio na região que mais cresce no mundo e oferecer uma alternativa a Pequim. Mas, receoso com a oposição da ala radical dos democratas, Biden evitará na nova parceria provisões de acesso ao mercado americano, o que levanta questões sobre a relevância do acordo.

“Estamos escrevendo novas regras para a economia do século 21”, afirmou Biden durante o lançamento do Quadro Econômico do Indo-pacífico (Ipef, na sigla em inglês). “Ajudaremos as economias de nossos países a crescer mais rapidamente e igualitariamente.”

Cúpula

Ele estava ao lado dos premiês da Índia, Narendra Modi, e do Japão, Fumio Kishida, enquanto outros líderes se juntaram ao evento por videoconferência. A nova aliança é o elemento central da primeira viagem à Ásia de Biden e de uma estratégia mais ampla no momento em que a China tem ocupado o vazio deixado pelo isolamento de Trump.

“Sob qualquer perspectiva trata-se do envolvimento econômico internacional mais significativo que os EUA já empreenderam na região”, afirmou a secretária americana do Comércio, Gina Raimondo. “Seu lançamento marca um importante ponto de inflexão no restabelecimento da liderança econômica dos EUA e em apresentar aos países do Indo-pacífico uma alternativa à abordagem da China em relação a temas críticos.”

Além de EUA, Índia, Japão e Coreia do Sul, os 13 membros do Ipef incluirão Austrália, Brunei, Indonésia, Malásia, Nova Zelândia, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã. Juntos, os países participantes representam cerca de 40% da economia mundial.

Mudança

Em meio ao ceticismo a respeito do que o novo bloco pode conseguir, autoridades americanas se mobilizaram nas últimas semanas para alinhar uma quantidade suficiente de países no pacto, na esperança de causar uma boa impressão.

A iniciativa de Biden ocorre menos de cinco meses após a Parceria Econômica Regional, liderada pela China, começar a vigorar, ligando 15 economias da região Ásia-pacífico no maior bloco comercial do mundo. A maioria dos países que Biden recrutou já pertencia ao bloco integrado pela China.

Para os EUA, o novo bloco substituirá de fato a Parceria Transpacífico (TPP) como principal instrumento para estabelecer o fluxo de mercadorias e serviços na região. Executivos de empresas afirmam que o bloco liderado pela China fez mais para definir o comércio regional. A visão americana, em contraste, é ambiciosa, buscando melhorar condições de trabalho e elevar padrões ambientais. No entanto, sem oferecer mais acesso a seus mercados, os EUA não têm muito mais ferramentas para encorajar essas mudanças.

“É difícil convencer governos asiáticos a mudar regras que possam vir a perturbar suas políticas econômicas sem a promessa de acesso facilitado ao mercado americano”, afirmou o pesquisador Aaron Connelly, do Instituto Internacional para Estudos Estratégicos, em Cingapura.

Objetivos

O novo bloco terá como foco quatro objetivos principais: harmonizar esforços para garantir cadeias de fornecimento, expandir o uso de energia limpa, combater a corrupção e pavimentar o caminho para um comércio digital maior.

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https://www.osul.com.br/estados-unidos-criam-novo-bloco-para-enfrentar-avanco-da-china-na-asia/ Estados Unidos criam novo bloco para enfrentar avanço da China na Ásia 2022-05-24
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