Segunda-feira, 06 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 27 de novembro de 2015
Após cerca de 60 adaptações para o cinema de “Frankenstein ou o Prometeu Moderno”, clássico da literatura gótica escrito por Mary Shelley, sempre se espera que uma nova versão traga uma visão diferente ou, ao menos, um ângulo inovador. “Victor Frankenstein” não se encaixa em nenhuma dessas possibilidades, além de propor uma que se revela frustrante para o tanto de expectativa gerada com qualidade do elenco, tamanho de orçamento, quantidade de efeitos especiais etc. O ponto de vista é do personagem de Daniel “Harry Potter” Radcliffe, Igor, ajudante e cúmplice da louca iniciativa de devolver vida a um corpo morto e inerte.
James McAvoy faz o papel-título de Victor Frankenstein, o enlouquecido estudante de medicina idealizador dessa empresa. Radcliffe se esforça para mostrar a que veio, enquanto McAvoy exagera demais na interpretação. Nenhum dos dois funciona.
Na trama, Frankenstein e Igor compartilham uma visão nobre de ajudar a humanidade através de sua pesquisa inovadora sobre a imortalidade. Mas as experiências vão longe demais, e a obsessão do médico tem consequências terríveis.
O roteiro, talvez a pedido do diretor Paul McGuigan, busca humor até em citações a outras adaptações, como “O Jovem Frankenstein” (1974). Mas isso também não funciona. Sobra a frustração e a esperança de que essa tentativa de franquia não tenha continuidade. (Alessandro Giannini/AG)
Confira o trailer do filme:
Confira a galeria de fotos do filme: